Notas, impressões, versões e alguma verdade
Cada vez mais me surpreendo com a força da internet. Semanas atrás, eu e milhões de internautas recebemos e-mails alertando sobre uma suposta fraude praticada pela rede Globo com a arrecadação da campanha Criança Esperança. Segundo o e-mail, o dinheiro doado seria utilizado como abatimento do imposto de renda da Globo, que tomaria pra si a origem das doações. Trata-se de uma mentira, que não sei se chegou a prejudicar a campanha. Mas serviu pra mostrar a força da internet. Além dos esclarecimentos no site do Criança Esperança, a Globo utilizou o poderoso Jornal Nacional e pelo menos uma novela - que eu vi -, Paraíso Tropical, pra desmentir a informação.
Não quero entrar no mérito da questão. Mas o episódio demonstra que o trabalho de formiguinha de milhões de usuários da internet pode abalar uma gigante da mídia como a Globo. E, mais importante: ao contrário do que ocorreu desta vez, pode ser usado para o bem.
Aí, fica a pergunta: será que, em tempos de internet, seriam possíveis edições fraudulentas de programas jornalísticos como vimos num passado recente? Lembro-me de dois casos. Em 1989, durante a campanha eleitoral para a presidência, a Globo editou o último debate entre Lula e Collor, destacando os piores momentos do primeiro e os melhores do segundo - que, ironicamente, ajudou a derrubar pouco tempo depois. E, em 25 de janeiro de 1984, mostrou imagens da primeira grande manifestação pelas Diretas-Já realizada em São Paulo como sendo apenas comemoração do aniversário da cidade.
Não é de se admirar, portanto, que em países como a China e o Irã a internet seja censurada.
(Nos Estados Unidos ela é "livre", mas usada pelo governo pra espionar cidadãos. Mas essa já é outra história)
Não quero entrar no mérito da questão. Mas o episódio demonstra que o trabalho de formiguinha de milhões de usuários da internet pode abalar uma gigante da mídia como a Globo. E, mais importante: ao contrário do que ocorreu desta vez, pode ser usado para o bem.
Aí, fica a pergunta: será que, em tempos de internet, seriam possíveis edições fraudulentas de programas jornalísticos como vimos num passado recente? Lembro-me de dois casos. Em 1989, durante a campanha eleitoral para a presidência, a Globo editou o último debate entre Lula e Collor, destacando os piores momentos do primeiro e os melhores do segundo - que, ironicamente, ajudou a derrubar pouco tempo depois. E, em 25 de janeiro de 1984, mostrou imagens da primeira grande manifestação pelas Diretas-Já realizada em São Paulo como sendo apenas comemoração do aniversário da cidade.
Não é de se admirar, portanto, que em países como a China e o Irã a internet seja censurada.
(Nos Estados Unidos ela é "livre", mas usada pelo governo pra espionar cidadãos. Mas essa já é outra história)
Um comentário:
Tá. Então me explica por que a gente não consegue, pela internet, derrubar a droga da CPMF. :(
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