Hilbert e o borrego da discórdia (Reprodução GNT) |
Equivocada a forte reação de veganos, vegetarianos e defensores dos
animais à exibição parcial do abate de um filhote de ovelha no programa Tempero
de Família, na GNT. Alvo da ira dos ativistas, que levou a emissora a retirar as
imagens polêmicas do episódio, Rodrigo Hilbert chegou a se desculpar pelo fato e, em
vão, tentou explicar que o foco da atual temporada do programa é justamente
mostrar a realidade gastronômica dos rincões do país.
"Ao mostrar o abate do animal em uma pequena fazenda,
eu acreditava estar chamando a atenção para se conhecer a procedência dos
alimentos, para se entender como é a cadeia produtiva do que consumimos. No
entanto, qual não foi a minha surpresa ao perceber que, ao invés de passar uma
mensagem de conscientização sobre o que comemos, vi surgir o ódio de muitos por
mim", escreveu o ator e apresentador.
Se, do ponto de vista estético, podemos considerar as
imagens desnecessárias, do ponto de vista adotado por Hilbert, o de revelar a
realidade da obtenção de nossos alimentos, não há o que criticar. As pessoas
precisam saber que carne não nasce embalada a vácuo nas prateleiras do
supermercado como a indústria quer fazer crer. Há, sim, exploração e sofrimento
animal para isso.
Justamente nesse sentido, Rodrigo prestou um grande serviço
aos defensores da causa vegetariana. É razoável supor que, ao se deparar com a
dura e crua realidade da morte animal para satisfação alimentar humana, muitos,
ou ao menos alguns, acabem por tornar-se adeptos da prática.
Criticam sem razão.
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