O percentual de pessoas que fumam no Brasil baixou de 29% para
12%, em 25 anos. Apesar da redução, o país ainda aparece na oitava
posição no ranking mundial de fumantes. Os dados foram publicados,
em abril deste ano, pela revista científica The Lancet, que também
mostrou que cerca de 20 milhões de brasileiros são viciados em
nicotina, sendo 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens.
“O tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável no
mundo, já que pode ser responsável por casos de câncer, não só
de pulmão, mas também no fígado intestino, pâncreas, cólon e
vias aéreas, e problemas arteriais, responsáveis por causar infarto
do coração e acidente vascular cerebral (AVC)”, alerta o médico
Fernando Kubrusly, cirurgião cardíaco do Hospital VITA.
O
cigarro tem mais de quatro mil elementos em sua composição,
responsáveis por provocar alterações no sangue, bioquímicas e
hormonais. Segundo Kubrusly, o dano causado pelo cigarro é
instantâneo a partir do momento em que as substâncias começam a
circular no sangue e ocasionam inflamação da camada interna das
artérias, o que acelera o desenvolvimento de doenças,
principalmente da chamada placa de colesterol ou doença
aterosclerótica. “Se a pessoa tem predisposição ao colesterol
alto, o cigarro vai acelerar esse processo causando dando ao coração,
aumentando o risco de infarto do miocárdio, e no cérebro, o que dá
origem ao acidente vascular encefálico (AVE)”, esclarece o
cardiologista.
Dicas para abandonar o tabagismo:
- Estar motivado a largar o hábito. Não adianta a família
decidir se o paciente não estiver realmente determinado a parar de
fumar;
- Diminuir gradativamente o número de cigarros;
- Evitar carregar o maço ou a carteira de cigarro;
- Elimine os cinzeiros de casa;
- Evitar substâncias que estimulam o fumo, tais como, café e
bebidas alcoólicas;
- Informa ao seu círculo de amizade e familiares sobre sua
decisão. Assim eles ajudarão no policiamento e controle.
Da assessoria
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