Esse não é o tema principal desta série de textos, fotos e vídeos sobre Cuba. É apenas um dos componentes de nossa viagem - pai, mãe e bebê aniversariante - de 15 dias pelo país. Como enfrentamos alguma dificuldade para obter informações - e optamos por viajar sem apoio de agências de turismo - sobre o que e como fazer, decidimos contar um pouco do que se passou conosco entre o final de 2016 e o início de 2017. Serão vários textos (fotos e vídeos), nem todos na sequência da viagem, com dicas, curiosidades, impressões e informações em geral sobre Havana, Cienfuegos e Trinidad, cidades que visitamos.
Ao final de cada postagem você vai encontrar links para as outras.
Planejando a viagem
Cuba foi nossa primeira viagem internacional. Quando decidimos ir ao país, no início de 2016, Fidel ainda estava vivo. Mas a aproximação com os Estados Unidos, então de Obama, nos fez acreditar que a ilha poderia mudar mais rapidamente do que o esperado. E queríamos ver Cuba como a Cuba de que ouvimos falar.
Restaurantes ao lado da Plaza de La Catedral, em Havana |
Outra decisão que tomamos, válida para esta e futuras viagens, é evitar os pacotes turísticos - ao menos os completos. A intenção é não ficar amarrados a roteiros pré-estabelecidos e conhecer mais a fundo o dia a dia do país em questão. Então, buscamos apoio em uma agência apenas para a compra das passagens.
(Eles nos enviaram sugestões de hotel e locação de carro, ambas caras na nossa avaliação. Um veículo para os 15 dias sairia por cerca de 2 mil dólares.)
Antes mesmo de planejar a viagem, já havíamos decidido que, quando fôssemos, ficaríamos em casas de família, um novo negócio que surgiu no país, autorizado pelo governo, e bem mais barato, além da convivência próxima com as pessoas.
Pesquisando em sites de hospedagem - não são todos os que trazem informações sobre Cuba. Devido ao bloqueio norte-americano, os sediados nos EUA são proibidos de incluir informações sobre o país. O mesmo vale para sites de busca de passagem aérea -, encontramos o contato da Ana María Perera, uma senhora muito simpática que montou uma pequena rede de contatos pelo país e que pode, além de te hospedar em Havana, providenciar suas reservas nas outras cidades que você queria visitar.
O contato foi feito cerca de seis meses antes da viagem porque, em dezembro, Cuba é invadida por turistas de todas as partes do mundo. Nós mesmos não ficamos na casa da Ana, reservada desde o meio do ano, e sim na de sua irmã, Mary. Ambas ficam em El Vedado, um bonito e tranquilo bairro de Havana.
Suíte em que ficamos em Havana, na Casa de Mary, bairro El Vedado |
Nesse quesito vale uma ressalva: o dólar e o euro têm cotações bem próximas ao CUC, praticamente de um pra um. O dólar, porém, sofre uma tarifação extra de 10%, o que pode deixar a moeda mais cara dependendo da conversão que você vai fazer para o real. Ou seja, se o dólar estiver bem mais barato que o euro em real, talvez valha levar dólar. Essa é uma conta que deixamos para os economistas. Nós levamos euro e trocamos quase sempre de um pra um.
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