Grandes marcas internacionais estão retirando seus anúncios do Facebook e do Instagram em protesto à inércia das plataformas em relação aos discursos de ódio postados em suas redes - e ao enorme lucro proporcionado a elas com a veiculação dos anúncios.
A mais recente é a gigante norte-americana das telecomunicações Verizon, que se juntou ao boicote pelo menos até o final de julho. "Temos
políticas de conteúdos muito estritas, e tolerância zero para
quando elas são violadas. Estamos suspendendo a nossa publicidade
até que o Facebook consiga criar uma solução aceitável que nos
deixe confortáveis e que seja consistente com o que fizemos com o
YouTube e outros parceiros", declarou o administrador da Verizon, John Nitti, ao Financial Times.
A empresa gastou 850 mil dólares em anúncios no Facebook apenas nas três primeiras semanas de junho. A
decisão de suspender a campanha aconteceu depois de a Verizon ter sido denunciada por um
anúncio seu no Facebook ter aparecido num vídeo que promovia
discursos de ódio e mensagens anti-semitas.
“Vamos
suspender todos os anúncios no Facebook e Instagram, até ao final
de julho, aguardando-se uma ação significativa da parte da gigante
rede social”, anunciou, igualmente, “com orgulho”, a marca desportiva
californiana Patagonia. Outras duas marcas internacionais, a REI,
também de vestuário desportivo, e a Upwork, plataforma de
recrutamento, a Talkspace, app ligada à saúde mental, e a Braze,
empresa de softwarw, também já aderiram ao apelo
#StopHateForProfit.
De acordo com o "Financial Times", a marca de sorvetes Ben & Jerry's e a agência Goodby Silvestein juntaram-se
igualmente ao movimento contra os discursos de ódio.
Carolyn
Everson, vice-presidente do Facebook responsável pelos negócios
globais, já reagiu na CNN. Disse que respeita a decisão de
qualquer marca, embora avance que a rede social está focada “no
importante trabalho de remover discursos de ódio e de disponibilizar
informação critica sobre votações”.
As informações são do jornal Português Expresso.
No Brasil, a chegada do grupo ativista Sleeping Giants, que também denuncia anúncios em sites e postagens que disseminam fake news ou discursos de ódio, também tem dado muita dor de cabeça às grandes empresas e muitas delas já reagiram contra a vinculação das marcas a este tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário