O deputado federal Elias Vaz (PSB) identificou no Portal do Fundo Nacional da Saúde que a prefeitura de Goiânia recebeu R$ 73,6 milhões para o combate ao coronavírus, mas só aplicou até agora R$ 26,4 milhões, segundo o Portal Transparência COVID-19 (https://www.goiania.go.gov.br/sing_transparencia/coronavirus-despesas/). “Isso significa que a prefeitura mantém R$ 47 milhões em caixa enquanto faltam testes nas unidades de saúde e leitos de UTI para atender os pacientes com coronavírus. É uma prova de má gestão. Essa verba é carimbada e o Município, se não aplicar na contenção da doença, terá que devolver ao governo federal”, explica Elias Vaz. O deputado vai informar os gastos como complemento de representação feita há duas semanas ao Ministério Público de Goiás contra a secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué, por omissão na contenção da COVID-19 em Goiânia.
Segundo o levantamento, a verba foi dividida em parcelas a partir de março. O primeiro repasse foi de R$ 4,2 milhões. Em abril, o Município recebeu o maior valor até agora: R$ 57,2 milhões. O recurso passou de R$ 5,4 milhões em maio e de R$ 8 milhões em junho. O valor bruto sofre desconto de R$ 1,4 milhão, restando o montante líquido de R$ 73.621.489,06.
A análise dos dados revela que a prefeitura só contratou empresas para a compra de máscaras de proteção destinadas aos servidores da Saúde no dia 10 de junho, em pleno avanço da pandemia na capital. A mesma situação se repetiu na aquisição de luvas para as equipes. O contrato com a empresa responsável por fornecer esses itens, no valor de R$ 1,2 milhão, só foi formalizado no dia 5 de junho.
“Recebemos várias reclamações de falta de Equipamentos de Proteção Individual nas unidades de saúde. Havia o recurso em conta. É claro que compras no setor público não são tão simples quanto nas empresas privadas, mas quase quatro meses se passaram e a prefeitura não teve a competência de oferecer a estrutura necessária para o combate ao coronavírus”, finaliza o deputado Elias Vaz.
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