Ativistas denunciam garimpos ilegais (Reprodução Greenpeace) |
Segundo requerimento, que clama aos artigos 6º e 7º da
Lei de Acesso à Informação, “frente à ausência de publicização
do ato que embasou a aludida ordem, o Partido Verde solicitou o
acesso ao ato do Ministério da Defesa que determinou a paralisação
da Operação Verde Brasil 2 na terra indígena Munduruku, com a
respectiva assinatura do responsável pela ordem”.
Dentre
as ações estão previstas ainda a protocolização de um
Requerimento de Informação direcionado ao ministério, prerrogativa
constitucional dos deputados para acesso às informações referentes
a atividades do Executivo. O requerimento tem prazo de 30 dias para
ser respondido após expedição da Secretaria Geral da Mesa diretora
da Câmara dos Deputados. A ausência de resposta implica em crime de
responsabilidade.
Entenda o caso
O Ministério
da Defesa proibiu a decolagem de três helicópteros do Ibama
estacionados na base aérea da Serra do Cachimbo, no sudoeste do
Pará. A intervenção inoportuna, inexplicável e irresponsável do
Ministério da Defesa na ação de fiscalização ambiental, não
alcançou as ações Polícia Federal de Santarém (PA) que
deflagrou, a Operação Bezerro de Ouro, contra um grupo criminoso
envolvido na extração ilegal de ouro na TI Munduruku. Os 30 agentes
cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Novo Progresso e em
Morais Almeida, distrito de Itaituba, epicentro do garimpo ilegal na
Amazônia.
O garimpo ilegal de ouro ao tempo em que tem
aliciado mundurucus, também provoca grande destruição nos
afluentes do rio Tapajós, conhecido mundialmente pelas praias de
Alter do Chão, perto de Santarém, no oeste do Pará, com a
contaminação das águas e dos pescados.
A Justiça
Federal, a pedido da Policia Federal, determinou o sequestro de bens
dos investigados, todos eles não indígenas, orçados em R$ 7,8
milhões.
O cúmulo da parcialidade e da falta de
responsabilidade, principalmente com a saúde dos indígenas, foi o
convite a um grupo de garimpeiros mundurucus, que embarcou em um
avião da Força Aérea Brasileira (FAB) rumo a Brasília, onde
fariam reuniões com o governo federal sobre o assunto. Lideranças
indígenas contrárias ao garimpo, no entanto, não foram convidadas
a participar das discussões.
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