Estamos no sexto mês de enfrentamento à pandemia de Covid-19 no País e o cenário é de crise, com alto índice de desemprego, de miséria e de descaso do governo com os trabalhadores, trabalhadoras e com os pobres. A CONTAG recebeu com indignação a edição da Medida Provisória 1000/20, que reduz à metade o valor do auxílio emergencial, ou seja, R$ 300,00. Algumas regras inseridas no texto da MP também podem desenquadrar algumas famílias contempladas nas primeiras parcelas do auxílio.
Sabemos que o Brasil está em crise, como outros países, mas defendemos que seja mantido o valor de R$ 600 até dezembro, garantindo a soberania e segurança alimentar de milhares de famílias que passam por dificuldades neste momento de pandemia. Esse recurso também vem contribuindo positivamente na economia local, principalmente dos pequenos e médios municípios.
Na semana passada, inclusive, realizamos mobilização para denunciar o alto número de benefícios previdenciários negados pelo INSS. Muitas famílias do campo, por exemplo, com os pedidos indeferidos, estão sobrevivendo à custa do auxílio emergencial. Reduzir à metade é colocar em risco o bem-estar de todos e todas.
A crise pode ser superada pós-pandemia com o seu povo forte, saudável e sentindo-se protegido pelo Estado brasileiro.
Neste sentido, a CONTAG soma-se à luta das Centrais Sindicais pedindo que o Congresso Nacional rejeite a Medida Provisória do governo e mantenha o auxílio emergencial como foi aprovado no início da pandemia, com os mesmos critérios e atendendo também aos agricultores e agricultoras familiares que ficaram prejudicados(as) a partir do veto presidencial ao PL 735/2020.
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