Mais uma
vez, Bolsonaro promove um ataque à vida, aos direitos e à saúde pública. Dessa
vez, as mulheres e pessoas que menstruam em situação de vulnerabilidade são os
principais afetados. Rozana Barroso quer derrubada do veto (F: Divulgação)
O
Projeto de Lei 4968/19 foi sancionado, mas com vetos perversos justo em dois
itens: da distribuição de absorventes para as escolas públicas de ensino médio
e de anos finais do ensino fundamental e para mulheres em situação de rua e na
inclusão do mesmo na cesta básica. Os vetos foram publicados hoje (7) no Diário Oficial da União.
“Bolsonaro
veta partes importantes e essenciais do 'PL da Pobreza Menstrual' e que oferecem
sentido ao Programa. Recebemos na UBES relatos constantes de pessoas que
menstruam que deixam de ir às escolas por falta de absorvente. O que o
presidente faz novamente é atacar as mulheres e estudantes e mostrar o desprezo
pela população”, comenta Rozana Barroso, presidente da União Brasileira dos
Estudantes Secundaristas.
Rozana
esteve presente na Câmara dos Deputados para construir e aprovar este projeto
de lei. “Essencial para evitar ainda mais a evasão escolar de pessoas que
menstruam, ainda mais neste período de crise econômica e de fome da população.
Sabemos que o valor dos absorventes é impraticável para uma parte dos
estudantes de baixa renda”, explica.
A UBES
afirma que voltará ao congresso para derrubar o veto. “É preciso garantir a
dignidade menstrual e lutar contra a evasão escolar. Não vamos aceitar mais
este ataque”, concluiu a presidente.
Lembrando que o Congresso pode decidir manter ou derrubar vetos presidenciais. O prazo para essa avaliação é de 30 dias após a publicação do veto no Diário Oficial.
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