quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Justiça rejeita tentativa de censura de Bolsonaro contra revista por associação ao nazismo

O juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 10ª Vara de Justiça Federal do Distrito Federal, rejeitou a ação de censura proposta por Jair Bolsonaro contra a revista IstoÉ por chamar o governante de "Mercado da Morte" ao relatar as atrocidades cometidas pelo governo na condução das ações contra a pandemia de covid-19. Para o juiz, mesmo a comparação com Hitler - já que a publicação retratou Bolsonaro com um bigodinho no estilo do genocida alemão - faz parte do debate público.

Apesar de não ter relação com a ação em si, vale ressaltar que, na semana passada, ao ser orientado por um seguidor no curralzinho da Presidência em Brasília a adotar o mesmo sistema de Hitler na doutrinação de crianças, durante o governo nazista, no Brasil, Bolsonaro, além de não contestar a comparação, afirmou ter intenção de interferir no Ministério da Educação, mas ser impedido pela burocracia.

Portanto, se o próprio mandatário assume para si comparações com o líder genocida alemão, não há por que questionar a mesma comparação feita por outras pessoas ou publicações.

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