Fotos: Gustavo Mendes/CMG |
Suplente pelo PSOL e agora no PT, Fabrício é policial rodoviário federal, oficial da reserva da polícia militar, professor e doutorando em direitos humanos na UFG.
Homossexual assumido, deixou claro que a defesa das causas LGBTQIA+ e de outras grupos discriminados pautará seu curto, mas aparentemente intenso mandato.Poucas vezes o Plenário da Câmara esteve tão repleto de apoiadores. Bandeiras do movimento LGBTQIA+, da Marcha da Maconha e de outros movimentos sociais contrastavam com o conservadorismo extremo que atinge o país desde o desastre bolsonarista, e que tem feito a Câmara passar alguma vergonha, como a aprovação de uma moção de repúdio contra o presidente Lula (PT) por defender o fim do genocídio israelense contra mulheres, velhos e crianças palestinas. Ou a tentativa de tornar a bíblia leitura obrigatória nas escolas, em um país laico e multirreligioso. Ou, ainda, de desobrigar os pais de apresentar a carteira de vacinação de seus filhos no ato da matrícula...
Fabrício e outros poucos vereadores progressistas terão muito trabalho. Mas o petista parece ter respaldo. Além dos inúmeros convidados, reuniu a cúpula do partido para acompanhar sua posse, como a deputada federal e pré-candidata a prefeita de Goiânia Adriana Accorsi e os deputados estaduais Mauro Rubem e Bia de Lima.Talvez por isso, seu discurso de posse, que regimentalmente deveria ser de dez minutos, levou 21 minutos e 28 segundos, sem que alguém ousasse cortar seu microfone.
"Nosso mandato será coletivo, colorido, grande, carregado de força, de coragem e de disposição", garantiu. "Pois o 'viadinho' está aqui na Câmara de vereadores de Goiânia", ressaltou, ao lembrar que, ainda hoje, homossexuais - e pretos e pobres e mulheres - são discriminados, agredidos e mortos.
Serão meses intensos.
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