De viralização em viralização, o que era um blog cresceu e ganhou uma abordagem multimídia, resultando em feiras, palestras, festas, rodas de conversa, publicações impressas, participações em curadorias de eventos e muito mais, extrapolando as fronteiras de Brasília. Este ano, o Vulva Revolução completa uma década de existência, com uma bagagem de muitas ações realizadas de modo completamente independente.
Da tela para o papel: o valor da produção fora dos grandes eixos
Textos ácidos, bem humorados e inteligentes agora ganham uma nova roupagem. Os conteúdos mais emblemáticos do Vulva Revolução serão publicados pela editora negalilu, de Goiânia (GO), que desde 2013 se dedica a democratizar o acesso à leitura e amenizar a invisibilidade da produção gráfica e literária fora dos grandes eixos. Com atenção voltada para a autoria sub-representada, a editora já publicou mais de 50 títulos, além de realizar ações formativas e eventos literários, como a feira e-cêntrica.
O livro “Vulva Revolução” inaugura a coleção blobloblo, que tem o intuito de organizar e publicar conteúdos relevantes que foram originalmente disponibilizados em blogs criados há mais de uma década. “Uma coleção assim nos auxilia na compreensão da cibercultura no nosso tempo, à medida que registra a motivação das blogueiras e dos blogueiros para tornar públicas informações, opiniões e ideias, assim como a escolha dos temas, a receptividade do público leitor e o impacto disso na vida pessoal de quem lê e de quem escreve”, ressalta Lari Mundim, criadora da negalilu e idealizadora da coleção blobloblo.
Para Maíra, a publicação é de grande relevância para os tempos atuais. “É de extrema importância resgatar e organizar toda essa história, e parte da produção do Vulva Revolução, em um livro que está sendo realizado de modo tão cuidadoso em termos de adaptação, edição e produção gráfica. O livro aborda questões feministas de modo acessível e descomplicado, e isso torna a compilação ainda mais necessária”, diz a autora do Vulva Revolução.
Feminismo suave não liberta, mas gera lucro
“Mulheres libertas não geram lucro, corpos autônomos são mais difíceis de controlar e pessoas conscientes da própria complexidade ameaçam a narrativa de papéis unidimensionais”, preconiza um dos muitos textos de impacto do blog, que sempre teve como norte questões contemporâneas como padrões de beleza, disparidade salarial, divisão sexual do trabalho, etarismo e muito mais. Agora, a proposta é que eles cheguem para além das telas. O projeto Vulva Revolução navegou pela transformação da arquitetura da sociabilidade no território digital e agora, curiosamente, eterniza-se em formato analógico.
O livro já está em fase de impressão, mas segue em pré-venda. Ele pode ser adquirido pelo PagSeguro, com envio para todo o Brasil, pelo link a seguir: https://pag.ae/7_2R9ivr9
Tour de lançamento
O livro será lançado em Brasília, dia 20 de dezembro, no Barito, aconchegante ambiente LGBTQIA+ com drinks autorais. Em janeiro, será lançado dia 17, em São Paulo (SP), na Ria Livraria, que realiza pocket shows literários, encontros musicais e conta com apurada curadoria e acervo de edições raras. Em seguida, parte para o Rio de Janeiro (RJ), para lançamento dia 23 no pub Oscar Selvagem, que em homenagem à Oscar Wilde, busca acolher gente feliz, criativa e livre de rótulos. Em fevereiro, o lançamento está previsto em Goiânia.
Saiba mais sobre o projeto em post no próprio blog:
https://vulvarevolucao.wordpress.com/2024/11/01/apoie-o-livro-vulva-revolucao/
Lançamentos do livro “Vulva Revolução”
Brasília (DF)
20 de dezembro, 18h
Sexta-feira
Barito Bar
714 norte, bloco B, lote 16
São Paulo (SP)
17 de janeiro, 18h30
Sexta-feira
Ria Livraria
Rua Marinho Falcão, 58
Rio de Janeiro (RJ)
23 de janeiro, 19h30
Quinta-feira
Oscar Selvagem Pub
Rua Paulo Barreto, 121, Botafogo
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