terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Lojistas reclamam de Mabel e relatam prejuízos com fim dos estacionamentos

(F: Wesley Menezes)
"Nós estamos com 7 mil lojas fechadas e não podemos mais deixar fechar nenhuma." Foi o que alertou hoje o presidente do Sindilojas-GO (Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás), Cristiano Caixeta, em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Goiânia, nesta terça-feira, para discutir os impactos do fim dos estacionamentos em dez das principais avenidas da capital.

Proposta pela vereadora Kátia Maria (PT), a audiência reuniu cerca de 100 comerciantes, sendo que 90% deles são da Jamel Cecílio. É um dos polos comerciais mais afetados pela medida anunciada pela Prefeitura de Goiânia no início do mês, sob o pretexto de dar mais fluidez ao trânsito em vias arteriais da cidade.

"A nossa situação ali é dramática. Nós precisamos urgentemente de uma solução", disse o advogado José de Alencar, representante dos lojistas da Avenida 136, outra via onde já não é mais permitido estacionar. Os lojistas afirmaram, de forma unânime, que os consumidores 'sumiram' das lojas desde a proibição dos estacionamentos. “O movimento nas nossas lojas despencou. E agora, como vamos sobreviver e pagar os impostos?”, questionou Márcia José Stevanato, lojista da Jamel Cecílio.

Secretário Municipal de Engenharia de Trânsito, Tarcísio de Abreu falou brevemente na audiência, em nome do prefeito Sandro Mabel. Ele defendeu o plano de mobilidade da Prefeitura de Goiânia, que não passou pela Câmara Municipal, e reconheceu: "São ações duras, que às vezes trazem um desconforto, mas são ações necessárias".

A vereadora Kátia Maria criticou os atuais moldes do plano de mobilidade e afirmou que o projeto não está claro nem para a própria Prefeitura de Goiânia. "É crucial que o plano de mobilidade passe pela Câmara, porque é aqui que nós vamos debater com transparência, com o maior volume de informações possível." Chefe de gabinete da Secretaria de Engenharia de Trânsito, Ciro Meireles se comprometeu a levar as demandas dos lojistas para possível reconsideração do plano de mobilidade, por parte da administração municipal.

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