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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Confiança do brasileiro cai pelo 2º mês seguido e bate recorde


A confiança do consumidor brasileiro na economia não para de cair. O Índice Nacional de Confiança (INC) de abril registrou 70 pontos, seis abaixo do que foi medido em março. É o pior indicador desde o início da pandemia. 

A região Nordeste segue, pelo segundo mês consecutivo, mais pessimista, com 63 pontos. O consumidor do Norte do país é o mais otimista, com 85 pontos. Nas outras três regiões o registro foi de 83, 70 e 65 pontos (Centro-Oeste, Sudeste e Sul respectivamente). 

Apenas 25% dos entrevistados dizem estar satisfeitos com a situação financeira, com o emprego e a vida que está levando hoje. A maioria (59%) afirma estar insatisfeita ou muito insatisfeita com todo este combo. Os brasileiros mais pobres são também os menos confiantes, com 52 pontos. As classes AB (71) e C (74) também se mostram preocupadas com a economia. “O comércio funciona em horários reduzidos ou não funciona, o valor do auxílio emergencial pago é mais baixo e a vacina não está acessível a toda população. Isso tudo reflete diretamente na economia nacional”, disse Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo. 

Um dado curioso que reflete bem a situação do Brasil é que 67% têm relação próxima com o desemprego. Ou seja, nos últimos seis meses o próprio entrevistado ou alguém que ele conheça perdeu o emprego. Além disso, 66% acreditam que observarão mais pessoas sendo demitidas daqui para a frente. A pandemia ainda revela uma falta de boas perspectivas futuras. Apenas 28% dos brasileiros ouvidos acham que daqui a um ano a economia nacional estará melhor. “As empresas estão faturando menos e muitas estão fechando. Claro que este cenário faz aumentar as demissões de trabalhadores”, afirma Solimeo. 

Sobre o consumo, apenas 22% da população está confiante para fazer compras de médio porte como fogão e geladeira ou de porte grande como casa ou carro. “O brasileiro, no geral, está sem dinheiro”, comentou o economista.

Acesse a pesquisa nacional: https://cutt.ly/wvBiMUN