Braga Netto (último à esq.) deverá comparecer à Câmara (F: Divulgação) |
A nota, assinada por
Braga Netto e pelos comandantes do Exército, da Marinha e da
Aeronáutica, afirma que “As Forças Armadas não aceitarão ataque
leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do
povo brasileiro”. Foi um ataque ao presidente da CPI, senador Omar
Aziz, depois que ele afirmou que há muitos anos “o Brasil não via
membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua
dentro do governo”.
Irregularidades
Ao defender o
requerimento na Comissão, Elias Vaz reforçou que as Forças Armadas
não estão imunes a práticas irregulares. E contou detalhes de
representação que fez na semana passada, com outros deputados do
PSB, ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União
de indícios de fraude em licitações das Forças Armadas para
beneficiar empresas ligadas a militares e a um ex-capitão do
Exército expulso por irregularidades e condenado em 2019 por
corrupção. O esquema pode ter movimentado R$150 milhões no
fornecimento de alimentos para as Forças Armadas. Só o grupo
econômico ligado ao capitão expulso já venceu R$47 milhões em
processos de compra em 2020 e no primeiro semestre deste ano. Todas
as empresas funcionam no Mercado Municipal de Benfica, no Rio de
Janeiro.
O parlamentar também
revelou, em fevereiro, compras milionárias de picanha, cerveja,
bacalhau, filé mignon e salmão para atender Exército, Marinha e
Aeronáutica. O Ministério Público Federal abriu processos de
investigação em vários estados. “Nós defendemos a democracia e
faz parte do processo democrático e das funções do parlamentar
investigar o poder público e os órgãos mantidos com o dinheiro do
povo”, destaca Elias Vaz.