O que não se sabe, porém, é o que vai ser feito com o dinheiro arrecadado. Será destinado aos criminosos ou devolvido aos financiadores? Leandro Demori, editor executivo do The Intercept Brasil, em newsletter enviada a leitores, chama a atenção para um fato que merece análise: "O ticket médio dos doadores ao grupo era estranhamente alto: quase R$ 100 por pessoa". Eu, que já participei de inúmeras campanhas de financiamento coletivo em outras plataformas, concordo. As doações costumam ser, em esmagadora maioria, bem menores do que R$ 100 reais. Isso pode indicar que não são doadores comuns os tais financiadores... caso de polícia.
Demori relata a conversa que teve com o diretor de relacionamento do Vakinha, Flavio Steffens. Em troca de mensagens privadas, Steffens reclamou de seu e-mail particular ter sido exposto publicamente em tuíte do jornalista. Os pedidos de explicação devem ter sido muitos. Mas, como bem lembra Demori, o e-mail é público e pode ser consultado por qualquer pessoa no perfil do empresário no Linkedin.
Também enviei um pedido de explicação para Steffens, por e-mail, e aguardo resposta, que será publicada aqui, caso ela chegue. No Twitter, o Vakinha se calou sobre o destino do dinheiro. O empresário Luiz Felipe Gheller, fundador do site, bloqueou o acesso a seu perfil. Será que o valor vai ser - ou já foi - repassado ao grupo chamado de "milícia" pelo Ministério Público do Distrito Federal? Aguardamos.