Legião Urbana nunca sai de moda. Minha banda nacional preferida. Coincidentemente, justo agora que o grupo, com Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e convidados vai se apresentar em Curitiba, acabo de ler uma das várias obras que retratam a banda.
Kadu Lambach (Eduardo Paraná – o primeiro guitarrista da Legião Urbana) é
uma biografia com muitas características positivas, mas que esbarra em
alguns problemas que comprometem o produto final. Apesar de ser bem
escrita, de maneira objetiva e sem rodeios,
a produção da obra não foi cuidadosa na sua edição. A impressão que o
leitor tem é que não houve uma revisão. São perceptíveis alguns erros
de português e de diagramação. Parece que existiu certa pressa em
produzir esta obra. Pouco cuidado foi dedicado na
formatação de uma das primeiras publicações da fase inicial da banda de
Renato Russo. Como era comum nos anos 80, o culto dos fãs aos discos
piratas com gravações inéditas, foi como se tivesse lendo um livro
pirata, sem tratamento profissional, mas com informações
históricas e valiosas.
A capa também poderia ser mais atrativa e melhor pensada. A foto
desfocada não convence. Além de tudo, o nome “Legião Urbana”, que possui
muita força, não foi valorizado como devia. Pode ser pelos aspectos
legais.
Porém, o produto é recomendável aos fãs mais fanáticos da Legião Urbana.
Existem histórias do início da banda em Brasília bem expostas por
Eduardo Paraná e escritas pelo jornalista André Molina, que demonstram
boa memória do guitarrista, que esperava o momento
de desabafo. É uma pena que o livro deverá chegar só nestes fãs.