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terça-feira, 13 de julho de 2021

Braga Netto terá que ir à Câmara explicar ameaças ao trabalho de parlamentares

Braga Netto (último à esq.) deverá comparecer à Câmara (F: Divulgação)
A Comissão de Fiscalização e Controle aprovou requerimento do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, terá que ir à Câmara para explicar nota, em tom de ameaça, contra o trabalho realizado pela CPI da Covid no Senado. “Não vamos aceitar intimidação ao trabalho parlamentar de fiscalização de agentes públicos. A lei é para todos, doa a quem quer. O papel das Forças Armadas e do Ministério da Defesa não é tentar esconder irregularidades e atacar quem investiga corrupção, mas sim identificar e responsabilizar quem comete crime”, afirma o deputado. O requerimento foi subscrito pelos deputados Kim Kataguiri (DEM-SP), Léo de Brito (PT-AC), José Nelto (Podemos-GO), Padre João (PT-MG) e Hildo Rocha (MDB-MA).

A nota, assinada por Braga Netto e pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, afirma que “As Forças Armadas não aceitarão ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”. Foi um ataque ao presidente da CPI, senador Omar Aziz, depois que ele afirmou que há muitos anos “o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.

Irregularidades


Ao defender o requerimento na Comissão, Elias Vaz reforçou que as Forças Armadas não estão imunes a práticas irregulares. E contou detalhes de representação que fez na semana passada, com outros deputados do PSB, ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União de indícios de fraude em licitações das Forças Armadas para beneficiar empresas ligadas a militares e a um ex-capitão do Exército expulso por irregularidades e condenado em 2019 por corrupção. O esquema pode ter movimentado R$150 milhões no fornecimento de alimentos para as Forças Armadas. Só o grupo econômico ligado ao capitão expulso já venceu R$47 milhões em processos de compra em 2020 e no primeiro semestre deste ano. Todas as empresas funcionam no Mercado Municipal de Benfica, no Rio de Janeiro.

O parlamentar também revelou, em fevereiro, compras milionárias de picanha, cerveja, bacalhau, filé mignon e salmão para atender Exército, Marinha e Aeronáutica. O Ministério Público Federal abriu processos de investigação em vários estados. “Nós defendemos a democracia e faz parte do processo democrático e das funções do parlamentar investigar o poder público e os órgãos mantidos com o dinheiro do povo”, destaca Elias Vaz.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Deputado quer convocação de Braga Netto para explicar ameaças ao trabalho de parlamentares

Braga Netto: bravata ou ameaça real? (Reprodução TV)
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou requerimento convocando o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para explicar à Comissão de Fiscalização e Controle nota, em tom de ameaça, contra o trabalho realizado pela CPI da Covid no Senado. “As Forças Armadas e o Ministério da Defesa deveriam ser os principais interessados em identificar e coibir práticas irregulares. O papel deles é responsabilizar quem comete crime e não esconder debaixo do tapete ou atacar quem está investigando corrupção. Ninguém está acima da lei e nós queremos saber exatamente o que significam as ameaças da nota emitida pelo governo e Forças Armadas”, afirma o deputado.

A nota, assinada por Braga Netto e pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, repudia declarações do presidente da CPI, senador Omar Aziz, de que há muitos anos “o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.  O ministro e os comandantes afirmam que “As Forças Armadas não aceitarão ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.

O deputado lembra que as Forças Armadas não estão imunes a práticas irregulares. Tanto que ele denunciou, em fevereiro, compras milionárias de picanha, cerveja, bacalhau, filé mignon e salmão para atender Exército, Marinha e Aeronáutica. O Ministério Público Federal abriu processos de investigação em vários estados. “Nós defendemos a democracia e faz parte do processo democrático e das funções do parlamentar investigar o poder público e os órgãos mantidos com o dinheiro do povo”, destaca Elias Vaz.