A New Frontier Data, autoridade em análise de dados e inteligência de negócio do mercado mundial de cannabis, acaba de lançar em parceria com a The Green Hub, empresa brasileira especializada em potencializar iniciativas no mercado de cannabis medicinal, o primeiro de uma série de panoramas regionais do mercado de cannabis da América Latina.
De acordo com o estudo, o total do mercado de cannabis acessível (regulamentado e ilícito) está estimado em US$ 9,8 bilhões e entre os cinco principais países consumidores está o Brasil com US$ (2,4 bilhões), o México (US$ 1,9 bilhão), o Chile (US$ 1,5 bilhão), a Argentina (US$ 1,1 bilhão) e a Colômbia (US$ 0,7 bilhão). Os países latino-americanos incluídos no relatório contabilizam uma população de 600 milhões de habitantes, dos quais 13 milhões consomem cannabis no mínimo uma vez por ano.
“À medida que a comunidade internacional dedica cada vez mais atenção a uma reforma das leis de consumo de cannabis e envolve-se com o setor da cannabis legalizada, surge uma miríade de oportunidades em lugares onde há pouco tempo essa atividade parecia inimaginável”, disse Giadha Aguirre de Carcer, fundadora e diretora executiva da New Frontier Data.
Para Marcel Grecco, fundador e CEO da The Green Hub, em uma época na qual o mercado de cannabis atinge uma escala global, com países posicionando-se como importadores ou exportadores, as visões regionais do setor de cannabis são essenciais para entender os fatores que impulsionam o comércio. “O mercado é próspero e emergente, mas ainda existem muitas barreiras ao acesso que dificultam a dinâmica socioeconômica regional”.
O relatório oferece uma apresentação dos mercados, tendências e atividades relacionadas ao consumo de cannabis na América Latina, incluindo uma análise detalhada das oportunidades e desafios da região à medida que seus países exploram as reformas e políticas em torno do tema.
Entre as principais conclusões atingidas pelo relatório, destacam-se:
• As operações comerciais envolvendo a cannabis se estabelecerão na América Latina de diversas maneiras, incluindo a integração vertical e cooperativas agrícolas.
• Um investimento significativo por parte de empresas canadenses com capital disponível poderá acelerar o escalonamento e a profissionalização dos operadores latino-americanos.
• Devido aos preços mais baixos da cannabis latino-americana se comparados à média dos EUA e do Canadá, as receitas do varejo de cannabis na região será significativamente inferior em relação aos mercados norte-americanos e europeus.
• A ampla variação da regulamentação na região exigirá que empresas estrangeiras invistam de forma significativa no entendimento da dinâmica específica de cada país.
• Um treinamento mais aprofundado dos médicos e profissionais de saúde será fundamental para favorecer os programas de cannabis medicinal.
• À medida que mais países latino-americanos consideram a legalização total, o turismo canábico proporcionará oportunidades significativas na região.
O relatório e suas conclusões foram disponibilizados para autoridades governamentais regionais e executivos de grandes multinacionais da América Latina no Simpósio Latino-Americano sobre Cannabis da InterCannAlliance na Cidade do Panamá, um evento realizado pela New Frontier Data, em parceria com a Hoban Law Group, a Cohn Reznick, a Steep Hill Labs, a Simplifya, a Mountain Medicine e a TheraCann.
A International Cannabis Alliance (InterCannAlliance) foi criada em março de 2018 com o intuito de disseminar os avanços dos mercados legalizados de cannabis já existentes para os novos mercados de cannabis legalizada e em ritmo de evolução ao redor do mundo.
“Conforme os mercados emergentes e estabelecidos olham para a cannabis buscando revigorar suas economias, a área da saúde e uma série de outros setores, a InterCannAlliance reúne líderes reconhecidos de vários segmentos que são considerados de fundamental importância para a consolidação de qualquer mercado de cannabis. A organização visa simplificar os complexos e inconsistentes ambientes de regulamentação que vêm sendo implementados em diversos países e também ajudar os mercados emergentes a tirarem proveito das lições aprendidas em outros lugares”, explica Giadha Aguirre de Carcer.
(*) Da assessoria