Apesar do discurso inflamado –
e cuidadosamente direcionado a fanáticos que apoiam o governo – de
Jair Bolsonaro contra a China, a futura maior economia mundial, o
vice-presidente Hamilton Mourão participa da cerimônia de
lançamento do estudo
“Bases
para uma Estratégia de Longo Prazo do Brasil para a China”,
na próxima quinta-feira (26), às 10 horas, por videoconferência.
O documento foi elaborado pela
diplomata e economista Tatiana Rosito por solicitação do Conselho
Empresarial Brasil-China. O Itamaraty, como se sabe, é comandado por
Ernesto Araújo, cuja completa inabilidade e falta de preparo para o
cargo fez o Brasil ser o único país com representatividade mundial
a ignorar a vitória de Joe Biden à presidência dos Estados Unidos,
algo que, internamente, o próprio Donald Trump sabe ser
irreversível.
O fato concreto é que o mundo não
pode mais viver sem a China. E uma economia liberal como a que
prometeu Bolsonaro – e não cumpriu – ainda mais. “Nossa
expectativa é que o documento estimule a reflexão sobre a relação
entre os dois países e sirva de inspiração para políticas
públicas nessa área”, diz o embaixador Luiz Augusto de Castro
Neves, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China.
Com 148 páginas e dividido em cinco
capítulos, o documento propõe uma moldura para o relacionamento
com a China desenhada em torno de três eixos (econômico,
institucional e de sustentabilidade) e três agendas estruturantes
(infraestrutura, finanças e tecnologia).