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sexta-feira, 26 de junho de 2020

"Nada contra quem usa seu orifício rugoso infra-lombar para fazer sexo", diz, em live, presidente da Embratur

O cristão Gilson Machado (F: Embratur)
A Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil emitiu nota em que repudia a fala "preconceituosa e errônea" do presidente da Embratur, Gilson Machado, em Live transmitida pelo Facebook ao lado da Ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

"Como presidente da agência que promove o turismo brasileiro, qualquer declaração de Gilson Machado terá impacto direto no setor. Além de mostrar desconhecimento sobre a comunidade LGBTI+, suas palavras atacam de forma direta a promoção do turismo LGBTI+ no Brasil e causa regressão em todo o trabalho desenvolvido por entidades como a Câmara LGBT em desenvolver nosso país como um destino acolhedor. Nossa entidade repudia qualquer fala preconceituosa e irresponsável, ainda mais quando parte de uma figura pública ligada ao turismo", declara Ricardo Gomes, presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil.

Usando suas convicções religiosas o presidente do órgão de promoção do turismo brasileiro ataca o que chama de uma tentativa de "impor a sua sexualidade perante a maioria de cristãos brasileiros" chamando-a de "abominável". A fala de Gilson Machado ocorreu ao citar a peça "O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu", encenada em um festival com financiamento público, que ele chama de "canalhice com dinheiro público".

No que o próprio chama de desabafo, Gilson Machado, após mostrar todo seu desconhecimento sobre o tema e preconceito com a comunidade LGBTI+, diz não ter "nada contra quem usa seu orifício rugoso infra-lombar para fazer sexo"; novamente revelando seu preconceito ao simplesmente não citar a população LGBTI+ com a denominação correta.

Apesar de não citar de forma direta o turismo, como presidente da Embratur, Gilson Machado esquece que suas opiniões pessoais impactam de forma direta um dos setores que mais sofreu com a pandemia do COVID-19. O Turismo LGBT movimentou USD 218,7 bilhões em 2018, segundo dados da pesquisa LGBT Travel Market, promovido anualmente pela Consultoria Out Now/WTM. Ao se posicionar de forma direta contra a comunidade LGBTI+, o presidente da Embratur faz grave ataque aos direitos universais, ao lado da Ministra dos Direitos Humanos que não se posicionou a respeito, e dificulta a entrada de USD 26,8 bilhões na economia brasileira (pesquisa OUT/WTM 2018), colaborando com o desemprego, em um período que o turismo pode contribuir para a saída da crise causada pela pandemia, e minando as relações internacionais brasileiras com países que valorizam a democracia e o fim do preconceito.

"Em um momento em que o turismo começa a pensar na retomada do setor, responsável pela geração de milhões de empregos, e que o turista LGBTI+ se destaca como um dos que será mais importante nesse momento, é desastrosa a fala do presidente da Embratur. Apesar de não refletir o sentimento de toda a população brasileira, atinge a promoção do destino Brasil de forma direta por seu papel institucional", completa Ricardo.

O Ministério do Turismo e a Embratur abandonaram o turismo LGBTI+ retirando-o do plano nacional do turismo e não reeditando a cartilha "Dicas para atender bem o turista LGBT". Além disso, não cumpre o acordo de cooperação assinado entre a Câmara LGBT, Mtur e Embratur, com validade até junho de 2023, que visa a promoção do turismo LGBT dentro e fora do país.

Dados comprovam que o turista LGBTI+ será um dos primeiros a retomar as viagens tão logo sejam estabelecidos protocolos de segurança global. Segundo pesquisa da IGLTA (Associação Internacional de Turismo LGBTI+) 66% dos viajantes LGBTI+ pretendem viajar tão logo seja possível.

"Nossa pesquisa comprovou que o turista LGBTI+ sairá na frente na retomada. Essa fala do presidente da Embratur sinaliza que nosso país irá perder espaço frente a outros destinos que já entenderam a importância do segmento LGBTI+, especialmente nesse momento em que vivemos", analisou Clovis Casemiro, representante da IGLTA no Brasil.

Apesar das declarações desastrosas e posicionamentos questionáveis e condenáveis do governo federal, a Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil vai continuar com seu trabalho de promoção do País como um destino diverso, o que já está no DNA da nação brasileira. Continuaremos defendendo e promovendo o empreendedorismo e empregabilidade da e para a comunidade LGBTI+. Prova disso é que no dia 15 de julho faremos o primeiro evento de turismo LGBT online do Brasil, firmando nosso compromisso com o fomento da economia e da geração de empregos.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Site de namoro oferece assinatura vitalícia para ministra Damares Alves

Damares pode se tornar Sugar Mommie (F: Divulgação)
Recentemente, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, tornou público o interesse em arrumar um namorado. Para atingir esse objetivo, a plataforma de Sugar Mommies e Sugar Daddies, Universo Sugar, decidiu oferecer para ela na semana do Dia dos Namorados, a data mais romântica do ano, uma assinatura Platinum vitalícia do serviço.
 
Em entrevista à BBC Brasil, Damares chegou a cogitar entrar no ‘Tinder de milionários’, mas, a ministra, mostrou-se incapaz de manter o padrão financeiro exigido pelo aplicativo – um patrimônio anual mínimo de US$ 200 milhões de dólares.
 
“Eu, por exemplo, sou uma família atípica. Eu sou uma mulher solteira. Solteira não, divorciada, abandonada, querendo casar. Eu até já tirei a foto para ir para o Tinder. Cortei cabelo. Eu ia para o Tinder de ministro, mas aí vi que só sobra um (risos). E eu acho que ele é divorciado. Aí eu ia para o Tinder de milionário, não pode. Tem que ter no mínimo US$ 200 milhões de dólares no fundo”, disse Damares.
 
Para interagir com os homens, a Sugar Mommy tem que desembolsar até R$ 799 por mês. Contudo, a assinatura que dispomos para Damares, é a mais completa: inclui até checagem de antecedentes criminais. 
 
Como qualquer relacionamento, se houver atração e se for do desejo de ambos, o romance pode acontecer. A Sugar Mommy tem a possibilidade de fazer o papel de “mentora” na vida de alguém.
 
No cadastro a candidata preenche itens como altura, tipo de corpo, etnia, nível escolar, salário, renda anual, valor do patrimônio total, se tem filhos ou não, estilo de vida, localização e o que espera nos encontros. Em seguida, a equipe irá avaliar se está de acordo com os termos e valores e, então, a pessoa irá para uma fila de espera.
 
Atualmente, o Universo Sugar possui mais de 700 mil perfis ativos em todo Brasil, além de membros do exterior. No Distrito Federal, são mais de 20 mil -  um número considerado significativo em relação as demais capitais.

Por Cris Viana/Comunique-se