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Fim dos "privilégios" dos deficientes teve apoio de 2.675 pessoas |
A campanha pelos direitos das pessoas com deficiências lançada esta semana pelo Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Curitiba gerou tanto críticas quanto apoios, tanto de deficientes como de pessoas sem nenhum problema físico ou mental. Entre pessoas do meu convívio, foi igual. Alguns acharam um tiro no pé. Particularmente, achei um sucesso. Essa é uma das novas formas de se fazer publicidade, motivada justamente pela amplitude que determinado tema pode gerar nas redes sociais. Foram elas, as redes, que pautaram toda a grande mídia do país inteiro e, nesse sentido, gostem ou não, o tema do desrespeito ao deficiente chegou a todos.
Para quem não acompanhou a história, um outdoor e uma
página no Facebook pedia o "fim dos privilégios dos deficientes", defendendo a redução das vagas exclusivas de estacionamento, das filas de atendimento preferencial, da meia entrada, das cotas etc. A medida era defendida por um suposto Movimento Pela Reforma de Direito. Como muitos desconfiavam, tratava-se de uma campanha publicitária que defendia exatamente o contrário, colocando o tema em evidência.
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Campanha foi um sucesso. Mas revelou como muita gente pensa. |
Mas um item que passou despercebido da maioria das pessoas é absolutamente alarmante. Até o momento, uma das postagens iniciais, quando ainda não se sabia se tratar de uma campanha em referência ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado em 03 de dezembro, recebeu mais de 2,6 mil curtidas. Ou seja: apesar da indignação que as supostas ideias causou na grande maioria das pessoas, um número bastante significativo de brasileiros concordou com as propostas de "fim dos privilégios". E isso, sim, é absolutamente alarmante.