Amparadas por falas como "eu sou a favor da tortura", emitidas pelo desprezível comandante do país, e crentes na impunidade - catapultadas por parte da população igualmente pobre e ignorante que se acha elite -, as forças de segurança nunca foram tão mortais.
Abordagens violentas contra cidadãos comuns, principalmente pretos e pobres, mas não só - em Goiânia, um advogado foi espancado por policiais militares em frente às câmeras de celulares sem o menor constrangimento -, se tornaram rotineiras. E aplaudidas por "cidadãos de bem" que repetem, quase catarticamente, o bordão assassino "bandido bom é bandido morto", sem perceber que, para as polícias, bandido pode ser qualquer um com quem se cruze na rua.
O descrédito das instituições, sabiamente implantado pelo aprendiz de ditador e pior presidente de todos os tempos, faz as pessoas acreditarem na tese de que as coisas só podem e devem ser resolvidas com violência. São tão massacradas pela máquina de propaganda hipnótica bolsonarista que não conseguem enxergar que qualquer um poderia ser Genivaldo. Não conseguem ver que poderia ser um filho, um pai, um irmão a ter o azar de cruzar com um policial sádico e sofrer as mesmas consequências. É de se ter pena, eu diria.
Candidato ao governo de Goiás, Major Vitor Hugo com Bolsonaro, sem capacete |
Diz a PRF que Genivaldo foi colocado na câmara de gás por estar pilotando uma moto sem capacete. Poderia ser alguém sem o cinto de segurança. Sem uma lanterna. Com o retrovisor trincado. Poderiam ser igualmente vítimas de sanha assassina de muitos "agentes da lei". Essa é a mesma PRF que escolta as motociatas de Bolsonaro, várias, vejam só, sem capacete.
Aqui mesmo em Goiás, o candidato bolsonarista ao governo, o deputado do Centrão Major Vitor Hugo (PL), pegou carona com o ídolo sem o equipamento de segurança.
Felizmente, a internet está aí para nos lembrar, sempre, a hipocrisia e a canalhice de alguns.