Mostrando postagens com marcador governo federal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador governo federal. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Fenafisco emite nota contra "doação de sobras de comida" proposta por Paulo Guedes

Nota de posicionamento - Fenafisco

Para Fenafisco, fala de Paulo Guedes demonstra total despreparo para redução das desigualdades no Brasil

F: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Em mais uma declaração absurda, desta vez em evento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstra seu total despreparo, preconceito e desconhecimento do funcionamento de seu próprio país. O povo brasileiro necessita de políticas sérias e efetivas para combater a desigualdade - e não de medidas paliativas que infringem normas sanitárias e preceitos humanitários básicos.

Além de afundar a economia, beneficiar os mais ricos e tentar privatizar o Estado brasileiro, principalmente por meio da fragilização dos serviços públicos com a reforma administrativa, Guedes novamente se posiciona de forma elitista ao falar que os brasileiros de classe média comem demais e as sobras de alimentos deveriam ser utilizadas para mitigar o problema da fome. Mais de 125 milhões de brasileiros vivem atualmente sem a certeza do prato de comida na mesa e com uma política econômica que ignora os mais pobres e reduz o atendimento público.

Há mais de 4 anos, a Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital), em conjunto com outras entidades, atua de forma ímpar na construção de projetos para tornar o país mais justo. Entre as propostas, está o documento ‘Tributar os Super-ricos para Reconstruir o País’, que demonstra a capacidade do governo de arrecadar R﹩ 292 bilhões ao ano com oito medidas tributárias. O montante pode ser utilizado para financiar programas sociais, além de ajudar na redução da desigualdade, aumentando a justiça fiscal no Brasil com um sistema tributário progressivo.

Falas como a de Paulo Guedes só reforçam o despreparo das cabeças que comandam atualmente a nação. Para sair da crise, aprofundada nos últimos anos por ações ineficientes, é necessário o fortalecimento dos serviços públicos e amparo à população mais vulnerável.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

90,1% das pequenas empresas de transporte que recorreram ao Pronampe ainda esperam linha de crédito do governo Bolsonaro

Desde o início da pandemia de Covid-19, há quatro meses, 52,0% das empresas de transporte solicitaram aos bancos algum tipo de financiamento, sendo que mais da metade delas (54,3%) teve a sua solicitação negada. E 59,8% afirmam conhecer o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) - iniciativa do governo federal que busca viabilizar crédito para empresas de pequeno porte. Dessas, 39,6% solicitaram crédito pelo programa e, das que solicitaram, 90,1% tiveram a solicitação negada ou ainda esperam o retorno do pedido.

Os dados fazem parte da nova rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte - Covid-19, da CNT (Confederação Nacional do Transporte), que revela que quase 75% das empresas do setor tiveram queda de demanda em junho. Mais da metade delas (57,2%) avaliou que essa retração foi grande. A pesquisa revela ainda que, diante das dificuldades de acesso a crédito em grandes bancos e sem auxílio do governo Bolsonaro desde o início da pandemia, mais de um terço das empresas (34,0%) precisou recorrer ao crédito rotativo. Essa é a linha com as taxas de juros mais elevadas do mercado.

O presidente da CNT, Vander Costa, avalia que os resultados dessa nova rodada reforçam ainda mais o cenário de diminuição drástica da demanda e do faturamento do setor, além de revelar grandes dificuldades, por parte dos transportadores, para pagar obrigações rotineiras. Segundo ele, é urgente a apresentação de um plano de socorro imediato às transportadoras, de modo a oferecer uma linha de crédito exclusiva e pré-aprovada, com taxas de juros reduzidas e carência estendida. "Entendemos que, após quatro meses de pandemia, se as iniciativas governamentais durante a crise não refletirem, na prática, o socorro emergencial efetivo às empresas, muitas transportadores irão encerrar suas atividades e segmentos, como o urbano de passageiros, podem entrar em colapso, o que certamente comprometerá o funcionamento e o abastecimento das cidades brasileiras, além da retomada da atividade econômica."

Entre as medidas consideradas prioritárias pelo setor para o atual momento, 50,8% das empresas destacam a importância da isenção de tributos federais durante a pandemia; e 50,7%, a disponibilização de crédito com carência estendida e taxas de juros reduzidas. Além disso, 39,3% citaram a necessidade da manutenção da desoneração da folha para o setor transportador. Essas pautas vêm sendo mencionadas pelos transportadores desde o início da pandemia.

Alguns números da quarta rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte - Covid-19

- 74,6% das empresas de transporte apontaram que houve diminuição da demanda em junho

- 60,7% indicaram uma nova diminuição do seu faturamento em junho

- 80,1% esperam uma nova diminuição do seu faturamento em julho

- 79,8% projetam impactos negativos da crise em sua empresa por pelo menos mais quatro meses

- 41,8% afirmaram que a capacidade de pagamento está muito comprometida - dificuldade para manter gastos com a folha de pagamento, parcelas de financiamentos, tributos, aluguéis, entre outros

- 26,4% conseguem permanecer operando com recursos próprios por, no máximo, mais um mês

- 21,3% já precisaram recorrer a linhas de financiamento para complementar o fluxo de caixa e cobrir a sua operação

- 52,0% solicitaram aos bancos algum tipo de financiamento, sendo que mais da metade delas (54,3%) teve a sua solicitação negada

- 39,6% das que conhecem o Pronampe solicitaram crédito pelo programa, sendo que 90,1% tiveram a solicitação negada ou ainda esperam o retorno do pedido.

- 34,0% precisaram recorrer ao crédito rotativo desde o início da pandemia

- 42,5% das empresas de transporte já haviam adotado a suspensão temporária do contrato de trabalho como uma alternativa para dar algum alívio ao seu fluxo de caixa

- 42,7% recorreram à redução proporcional de jornada e salários

- 43,6% precisaram utilizar demissões como alternativa de última instância

- 50,8% enfatizam a importância da isenção de tributos federais durante a pandemia

- 50,7% destacam a necessidade de disponibilização de crédito com carência estendida e taxas de juros reduzidas

Acesse aqui os resultados da quarta rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte - Covid-19

sábado, 18 de julho de 2020

Bolsonaro quer vigiar 76 milhões de brasileiros acessando dados privados da CNH

O ímpeto autoritário, censor e antidemocrático de Bolsonaro não tem limites. Reportagem do site The Intercept Brasil de 6 de junho revelou que a Abin havia solicitado ao Serpro, o serviço de processamento de dados do governo, acesso a "nomes, filiação, endereços, telefones, dados dos veículos e fotos de todo portador de CNH do país". A farra foi - temporariamente - barrada, já que Bolsonaro voltou atrás após a repercussão da notícia e uma ação no STF.

Hoje, em newsletter enviada aos leitores, a editora sênior do Intercept Tatiana Dias revela uma peculiaridade: o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), um dos braços da espionagem do governo, respondeu ao questionamento de um leitor e tentou defender a medida. A reportagem pode ser lida na íntegra abaixo:

A Abin respondeu a um leitor do TIB

Publicamos, há pouco mais de um mês, uma reportagem que mostrou que a Abin queria colocar as mãos nos dados de CNHs de mais de 70 milhões de brasileiros. Documentos enviados ao Intercept por uma fonte anônima detalharam que a Agência Brasileira de Inteligência requisitou ao Serpro – empresa do governo responsável por processar dados – nomes, filiação, endereços, telefones, dados dos veículos e fotos de todo portador de CNH do país. 

Não é da competência da Abin vasculhar os documentos e informações de todos os cidadãos. Segundo o próprio estatuto da agência, seu papel é municiar o presidente da República com “informações nos assuntos de interesse nacional”. Implantar um sistema para vasculhar nossos nomes e fotos massivamente, sem levar em consideração princípios básicos como o direito à privacidade e presunção de inocência, bem, parece ser apenas interesse do governo, não do país. 

Intrigado, um leitor do Intercept que prefere se manter anônimo fez um pedido via Lei de Acesso à Informação ao Gabinete de Segurança Institucional. Ele pediu ao órgão ligado à presidência e responsável pela Abin mais esclarecimentos sobre as nossas revelações: quis saber se de fato a agência pediu os dados ao Serpro e quais são os "interesses nacionais" na coleta e no arquivamento das nossas carteiras de motorista.

E  não é que o GSI respondeu? No documento enviado ao nosso leitor, o órgão diz que o pedido de acesso aos dados do Denatran visa, entre outros pontos, "ampliar a capacidade de obtenção e análise de grandes volumes de dados estruturados e não estruturados". Isso significa que a Abin tem interesse, sim, em mecanismos de vigilância massiva – em outras palavras, primeiro monitorar todo mundo por padrão para depois ver, com a ajuda de análises computacionais, se há algo errado naquele monte de informações. 

A agência também queria nossas CNHs, segundo o documento, para "aprimorar a estruturação e o compartilhamento de bases de dados de Inteligência" e "promover a interoperabilidade de bases de dados de interesse em nível nacional". As três justificativas são previstas na Estratégia Nacional de Inteligência, aprovada em 2017 pelo então presidente Michel Temer, que determinou as regras de conduta para o órgão no Brasil. Na época de sua aprovação, especialistas já alertaram que o texto poderia abrir margem para esse tipo de vigilância em massa, parecida com a da agência de espionagem norte-americana NSA, revelada por Edward Snowden. 

Não é só a Estratégia que orientou a Abin. Na resposta ao nosso leitor, o governo disse que o pedido de dados de CNHs está em "perfeita consonância" com o decreto 10.046, aprovado por Jair Bolsonaro no ano passado. Nós já falamos dele: foi a canetada que criou, do dia para a noite, uma megabase de dados de todos os brasileiros, a ser integrada e usada por todos os órgãos federais. A ideia divulgada pelo governo é a de desburocratizar – mas, na prática e sem controle, informações pessoais sensíveis, incluindo dados biométricos, podem cair nas mãos do governo para fins que, bem, não sabemos bem quais são. Ou você imaginaria que, ao entrar na auto-escola, sua foto da CNH cairia nas mãos dos agentes da Abin?

Segundo o documento enviado ao nosso leitor, a agência garante que "não realiza qualquer tipo de espionagem ou atentado à privacidade" e que as requisições são feitas após análise jurídica. "Uma vez compartilhados, os dados são empregados em estrito cumprimento das competências legais, para a produção de conhecimentos de inteligência, visando ao assessoramento das autoridades decisórias em maior nível hierárquico federal, em prol da segurança e da estabilidade da sociedade e do Estado", diz a agência. 

O GSI ainda listou até a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado e a Convenção Internacional para Supressão do Financiamento do Terrorismo na sua lista de justificativas para colocar as mãos nas nossas CNHs. 

Não adiantou tanto malabarismo. A requisição ultrapassa o âmbito da Abin – tanto é que o caso que revelamos motivou uma ação do PSB no Supremo Tribunal Federal contra o decreto 10.1046, usado como fundamentação para o troca-troca de dados dentro do governo.

Segundo a ação, o pedido de dados de CNHs foi feito sem transparência e consentimento. "Viola frontal e inequivocamente o direito à liberdade e à dignidade da pessoa humana bem como, e especificamente, os direitos à privacidade, à proteção de dados pessoais e à autodeterminação informativa", diz a ação.

Poucos dias depois da publicação da nossa reportagem, o governo voltou atrás e revogou a portaria que permitia o compartilhamento dos dados do Denatran à Abin. Isso fez a Advocacia-Geral da União pleitear a perda do objeto da ação, ou seja, pedir que o caso fosse deixado de lado porque o problema central já havia sido resolvido. O STF negou: o ministro Gilmar Mendes, responsável por julgar o caso, decidiu manter a ação. "É dever constitucional deste STF debruçar-se sobre a matéria, evitando-se que situações graves que colocam em risco a violação de preceitos fundamentais sejam perpetradas com suposto fundamento no Decreto nº 10.046, de 9 de outubro de 2019", justificou Mendes.

Como o nosso leitor descobriu, a Abin acha perfeitamente justificável implantar um sistema de coleta massiva de dados e análise de big data para fins de inteligência – mesmo que isso signifique colocar todos nós em constante vigilância, sem nenhuma transparência. Esse não é um caso isolado – mas reflexo de governos que, em nome de uma suposta segurança nacional, abrem mão sem dó de nossos direitos fundamentais. A Abin quer estender seus tentáculos para cima da gente, com suposto respaldo da lei e da tecnologia. Mas nós – e isso inclui vocês, leitores – estamos de olho nisso, e fazendo os poderosos ficarem de olho também. Um viva aos leitores do TIB!

quinta-feira, 9 de julho de 2020

O horror: 75 dias em um grupo bolsonarista no Whats App

No dia 24 de abril, data em que o ex-juiz Sergio Moro, até então herói da nação bolsonarista, pediu demissão do cargo de ministro da Justiça e revelou o que muitos já sabiam – a tentativa de Jair Bolsonaro em interferir nas investigações da Polícia Federal que envolvem seus filhos e políticos aliados –, consegui entrar, a partir de um link postado em uma mídia social, em um grupo de apoiadores de Bolsonaro no Whats App.

Encontrei o que obviamente já esperava: defesa incondicional de presidente, teses fantasiosas sobre os mais genéricos assuntos, agressões a adversários políticos e ideológicos, muita, mas muita fake news, soluções milagrosas para o coronavírus, negação veemente da própria existência da epidemia, ataques à Rede Globo, inúmeras mensagens de adoração a Deus e ameaças físicas a adversários, bem como à liberdade de expressão, entre outros temas já conhecidos.

Ainda que isso tudo fosse esperado, não há como qualquer pessoa com o mínimo discernimento da realidade, seja ela de qual matiz político for, não se assombrar com o teor do que circula nesses grupos. É, no mínimo, assustador. 

Vamos lá:

Apesar de o grupo ter sido criado no auge da crise Moro x Bolsonaro, o primeiro vídeo que chegou dizia respeito à pandemia. Um cidadão dirigindo diz estar falando "ao vivo" com uma informação de última hora, urgentíssima. Afirmando ter amigos que trabalham em todos os portos do país (!!!), o cidadão, aparentemente um pastor evangélico – ele fala que seus vídeos geralmente são de oração e que está em uma obra missionária em uma cidade de Santa Catarina -, “alerta” a população para não aceitarem máscaras distribuídas pelo SUS, pois “elas estão contaminadas com o covid-19”. Segundo ele, são máscaras vindas da China, que já contaminaram norte-americanos. O "especialista" ainda diz que vai postar outro vídeo – o que não acontece – mostrando o FBI recolhendo as máscaras nos EUA.

Logo depois, um perfil com a descrição “Deus acima de tudo” confirma e faz um adendo à informação: “Mascaras ‘N95’ de padrão mundial vindas da hina, testaram positivo para a peste chinesa” (SIC).

A partir daí, o assunto Sergio Moro predomina. Foi muito interessante, ao longo de um ou dois dias, ver a transformação do ex-ministro de aliado e combatente da corrupção ao mais novo inimigo do País.

Algumas explicações foram bastante inusitadas: tudo não passara de uma grande jogada de Bolsonaro para levar o já ex-ministro ao STF no final do ano. “Não tem como ser ministro da Justiça e ministro do STF. Bolsonaro articula demais e a esquerdalha pira”, afirma um integrante, garantindo ser tudo um teatro armado entre o presidente e seu pupilo. Os indecisos ficam excitados com a possibilidade. “Moro vai descansar!!! Agora em novembro o Celso de Mello é obrigado a deixar o STF, pq completa 75 anos...abrirá uma vaga no STF...quem ocupará??”, exultam.

Conforme a imprensa explorava a denúncia de tentativa intervenção de Bolsonaro na PF em favor dos filhos e aliados políticos, o humor com Moro começava a mudar. Primeiro, surgiram acusações contra o pivô da demissão, o ex-diretor da PF Maurício Valeixo.

A acusação contra Valeixo era pelo fato de a PF, após exaustiva investigação, ter chegado ao óbvio: Adélio Bispo, um doente mental diagnosticado cientificamente, agiu sozinho, e não a mando de alguém, ao esfaquear Bolsonaro durante a campanha presidencial. Fica claro que, assim como o próprio Bolsonaro, a turba não queria uma investigação séria, mas, sim, encontrar um suposto e inexistente mandante – esquerdista, óbvio – do crime. “Lembrando, que o Ex-Diretor da PF Mauricio Valeixo é aquele que disse que Adélio agiu como louco, um lobo solitário no ataque ao presidente, e que não havia ninguém financiando o ‘maluco’", diz uma postagem, deixando claro: “Respeito Moro, e tenho gratidão pelo que fez ao país, porém, não votei em Ministro”, conclui.

A partir daí, o humor e as “análises” mudam radicalmente. Moro deixa de ser herói e passa a integrar a ala dos “esquerdistas” da Nação. Poucos contestam, mas alguns deixam o grupo. “Pessoal! Entrei num grupo da Direita, porém, NÃO RADICAL. Tenham bom senso e não protejam tanto o Presidente”, comentou um participante que, em seguida, deixou o grupo. Claro que o infeliz passa, também, a integrar o fantasma comunista e é atacado em seguida. “Mentiroso ou mentirosa infiltrado ou infiltrada”, sentenciam.

Aparecem listas de supostas manifestações e atos “esquerdistas” de Moro. Entre elas, apoio à soltura de Lula; defesa de líderes do PCC; nomeações, para o ministério, de globais e colunistas da “Foice de S.Paulo”.

A mensagem que acusa Valeixo de ser um inimigo da Pátria passa a ser constantemente repostada. Inclui-se a “falha” da PF ao investigar o jornalista Glenn Greenwald no episódio da Vaza Jato, que curiosamente, revelou a própria parcialidade de Moro e dos promotores da Lava Jato, coordenados por Deltan Dalagnol, na ânsia de condenar Lula. À época, relembre-se, Moro foi maciçamente defendido pelos mesmos que agora o acusam. “Então tire suas conclusões, Bolsonaro agiu certo em pedir sua cabeça a Moro, ou agiu errado?”, questionam.

Roberto Jefferson, um dos beneficiados com o tal mensalão, passa a ser herói bolsonarista. Sua crítica a Moro é comemorada e aplaudida pelos patriotas anticorrupção. “Aposto que por trás do Moro, estão o DEM e o PSDB, juntos com FHC, Rodrigo Maia, Alcolumbre, Dória, Witzel e outros mais”, diz o novo herói da Nação brasileira.

Não é só Moro, obviamente, que passa a ser inimigo da Nação anticorrupção. Aliada de primeira hora e campeã de votos, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) é carinhosamente chamada de “gorda”, “bruxa” e “Peppa”. A descrição do perfil do autor das agressões? “Deus está no comando”.


(Continua...)


quarta-feira, 8 de julho de 2020

Calote de Bolsonaro à Opas fará o Brasil pagar mais caro por medicamentos, alertam entidades

Vinte e oito entidades da sociedade civil ligadas a direitos e a saúde lançaram nesta quarta-feira (08) uma carta aberta à sociedade, aos gestores da saúde pública no País e ao legislativo em defesa da importância da participação brasileira na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para o Sistema Único de Saúde (SUS). As organizações alertam para os prejuízos para a saúde pública do País, principalmente em um momento de pandemia, se a ameaças de retirada e desfinanciamento anunciadas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos se concretizarem.

Na carta, as entidades destacam que é devido à Opas, escritório regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que o Brasil tem acesso a diversos medicamentos e produtos de saúde a preços reduzidos, a pesquisas de excelência e cooperação de nossas universidades com importantes centros de estudos de outros países.

“A saída da Opas ou a simples redução de repasses enfraquece a Organização e tem um potencial de prejudicar especialmente o fornecimento de medicamentos pelo SUS por estados e municípios. Qualquer agressão à Organização é uma ameaça ao sistema público brasileiro, especialmente para usuários em tratamento de câncer, de doenças autoimunes, de doenças reumáticas, de certas hepatites virais, assim como para o fornecimento de vacina”, alerta o documento.

O principal braço da OMS no continente auxilia o Brasil na aquisição de vacinas, imunobiológicos, tratamentos para HIV/Aids e hepatites virais, anti reumáticos, fatores de coagulação para hemofilia e quimioterápicos. Ainda em junho, o ministro interino da saúde anunciou nova aquisição de medicamentos via Opas. As compras intermediadas pela entidade são inclusive instrumentos estudados para solucionar o recente problema relatado por diversos estados de desabastecimento de anestésicos para entubamento de pacientes de Covid-19.

A organização ainda conta com importantes vitórias para a saúde mundial, com destaque para a erradicação do sarampo, da varíola, da rubéola e da poliomielite. Além disso, a Opas também tem fundamental importância na promoção de uma alimentação adequada e saudável, contribuindo, ao longo das décadas, com relatórios técnicos e recomendações, liderando discussões regionais e realizando ações concretas para a promoção de ambientes mais saudáveis.

Além de dirigir-se à sociedade brasileira, a carta é endereçada ao Congresso Nacional, ao Conass e ao Conasems e pede que os poderes exerçam controle de modo a impedir a redução do repasse financeiro ou a saída do Brasil da Opas. Dentre as medidas que podem ser tomadas por parte dessas instituições, estão a publicação de posicionamentos formais e a investigação e acompanhamento da questão junto ao governo federal. Em requerimento de informações protocolado nesta segunda-feira (06), o deputado federal Paulo Teixeira (SP) solicitou esclarecimentos ao Ministério da Saúde e à Casa Civil sobre a previsão de pagamento dos recursos devidos pelo Brasil à organização internacional.

Veja a carta aberta e as entidades que assinam o movimento

terça-feira, 7 de julho de 2020

40 gigantes do setor empresarial cobram agenda sustentável do governo brasileiro contra "impacto nos negócios da atual percepção negativa da imagem do Brasil no exterior"

Brasil de Ernesto Araújo assusta empreendedores (F: Greenpeace)
O setor empresarial brasileiro protocolou na segunda-feira (6) à Vice-Presidência da República e ao Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido por Hamilton Mourão, comunicado em defesa da agenda do desenvolvimento sustentável e combate ao desmatamento na Amazônia. O documento conta com a assinatura dos CEOs de cerca de 40 companhias e grupos empresariais dos setores industrial, agrícola e de serviços, além de quatro organizações: Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS); Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Indústria Brasileira da Árvore (Ibá), e Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (ABIOVE). O documento também será protocolado no Supremo Tribunal Federal, Senado Federal, Câmara dos Deputados e na Procuradoria Geral da República (PGR). 

A carta tem como principal objetivo destacar “a atenção e preocupação com o impacto nos negócios da atual percepção negativa da imagem do Brasil no exterior em relação às questões socioambientais na Amazônia”, além de apontar ações imediatas a serem adotadas para aplacar as reações negativas de investidores e consumidores estrangeiros ao País. 

Os executivos apontam que a imagem negativa tem enorme potencial de prejuízo para o Brasil, não apenas do ponto de vista reputacional, mas de forma efetiva para o desenvolvimento de negócios e projetos fundamentais para o país. “É preciso que o governo federal dê garantias ao setor empresarial brasileiro de que algumas das ações e compromissos que estamos apresentando sairão do papel”, defende Marina Grossi, presidente do CEBDS. 

Em relação à Amazônia e demais biomas brasileiros, o grupo defende o combate inflexível e abrangente ao desmatamento ilegal. “Para o setor empresarial que atua dentro da lei e de forma correta, social e ambientalmente responsável, não há controvérsia entre produzir e preservar. Inclusive o próprio Código Florestal, construído após um amplo diálogo entre academia, ambientalistas, setor privado e poder público estabelece conservação e produção como uma de suas premissas. O desmatamento ilegal é crime”, resumiu Paulo Hartung, presidente do Ibá.

No comunicado, o setor empresarial lembra que algumas das empresas signatárias já desenvolvem soluções de negócios que partem da bioeconomia, com valor agregado e rastreabilidade dos produtos, inclusive, na Amazônia. “É possível dar escala às boas práticas a partir de políticas consistentes de fomento à agenda ambiental, social e de governança”, afirmou Marcello Brito, presidente da Abag.

Além do efetivo combate ao desmatamento ilegal, são apontados pelo documento como focos prioritários de ação: (i) inclusão social e econômica de comunidades locais para garantir a preservação das florestas; (ii) minimização do impacto ambiental no uso dos recursos naturais, buscando eficiência e produtividade nas atividades econômicas daí derivadas; (iii) valorização e preservação da biodiversidade como parte integral das estratégias empresariais; (iv) adoção de mecanismos de negociação de créditos de carbono; (v) direcionamento de financiamentos e investimentos para uma economia circular e de baixo carbono; e (vi) pacotes de incentivos para a recuperação econômica dos efeitos da pandemia da COVID-19, condicionada a uma economia circular e descarbonizada.

O documento encerra com uma mensagem de otimismo, lembrando que o Brasil tem a oportunidade única, os recursos, e o conhecimento para dar escala às boas práticas e, mais do que isso, planejar estrategicamente o futuro sustentável do país. E que é preciso redirecionar os investimentos para enfrentamento e recuperação da economia brasileira em um modelo de economia circular, de baixo carbono, e inclusiva.

Clique aqui para acessar o comunicado na íntegra.

EMPRESAS SIGNATÁRIAS

  • Ambev

  • Agropalma

  • Alcoa

  • Amaggi

  • Bayer

  • Bradesco

  • BrasilAgro

  • Cargill

  • Cosan

  • DSM

  • Ecolab

  • Eletrobras

  • ERM

  • Grupo Vamos

  • Iguá

  • Itaú

  • Jacto

  • JSL

  • Klabin

  • LVMH 

  • Marfrig

  • Mauá Capital

  • Michelin

  • Microsoft

  • Movida

  • Natura

  • Rabobank

  • Santander

  • Schneider Eletric

  • Shell

  • Siemens

  • Sitawi

  • Stefanini

  • Sunew

  • Suzano

  • Ticket Log

  • TozziniFreire

  • Vale

  • Vedacit

  • WeWork

terça-feira, 30 de junho de 2020

Movimento #cadeoministro cobra titular para a saúde

Um tuitaço ontem inaugurou o movimento #cadeoministro, uma iniciativa da sociedade civil para cobrar Jair Bolsonaro a "nomear imediatamente um(a) titular para o Ministério da Saúde à altura do cargo". O movimento lembra que "mesmo em meio à urgente demanda por uma atuação efetiva na área da saúde, o país contabiliza hoje 45 dias sem um líder titular no comando do Ministério da Saúde. (...) Estamos vivendo a maior pandemia do século. No Brasil, o novo Coronavírus já infectou mais de 1 milhão de pessoas e matou 55 mil", diz o manifesto.

"O movimento #cadeoministro está sendo coordenado pela Cause em parceria com vários atores da sociedade civil como Femama, Oncoguia, Catraca Livre, entre outros. Trata-se de um movimento independente, plural e sem fins lucrativos", ressaltam, ainda, os organizadores.

O manifesto cobra que o futuro titular da Pasta com maior orçamento no país "deve não apenas ter conhecimento amplo em saúde pública, mas também ter experiência em gestão pública, competência em gerenciamento de crise, habilidade de articulação política, visão de longo prazo, capacidade de promover o diálogo com Estados, Municípios e Organizações Internacionais, assim como ter uma agenda transparente e empática de prestação de contas à sociedade".

Quem quiser participar do movimento, basta acessar o site oficial e baixar o material para divulgação.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

"Bandido disfarçado de político, aberração moral", diz Congresso em Foco sobre Bolsonaro em editorial

Em duro editorial publicado na segunda-feira, o Congresso em Foco, site especializado na cobertura política nacional, chamou Jair Bolsonaro de "um bandido disfarçado de político". O documento comenta a decisão do Grupo Globo e da Folha de não enviarem mais jornalistas - constantemente agredidos verbalmente e com ameaças físicas por apoiadores de Bolsonaro - ao cercadinho da imprensa em frente ao Palácio do Planalto.

"Claro que um político medianamente preparado, uma vez na condição de líder eleito da nação, teria uma atitude de certa ponderação no trato com a imprensa. Evidente, também, que a regra não poderia ser aplicada a uma aberração moral, intelectual, política e administrativa como Jair Messias Bolsonaro. Aconteceu o contrário. Mais poderoso, Bolsonaro se sentiu no direito de desrespeitar ainda mais o trabalho jornalístico", diz o texto, ressaltando o incentivo do presidente às agressões.

O Congresso em Foco admite que a própria imprensa tem culpa pela ascensão de Bolsonaro, ao dar tanta publicidade às aberrações que ele produziu nos anos de Parlamento. E lembra que,  "ao menosprezar, mandar calar a boca, se recusar a responder perguntas, ameaçar e retaliar, Bolsonaro deixa de tratar dos muitos temas espinhosos de um governo que conquistou fama mundial pela prepotência e pela inépcia."

"Incrível foi assistir nas últimas semanas à reverberação do ódio presidencial em escala nacional. Recompensa financeira para quem agredir repórter da TV Globo em Brasília. Empresário de comunicação defendendo apedrejamento de jornalistas na Paraíba. Jornalistas ameaçados de morte em Belo Horizonte. Que pesadelo! Que vergonha! Que absurdo! E farsantes invocando Deus e a Bíblia para declarar apoio a isso!!!", ressalta, ainda, o editorial.

E convoca toda a sociedade brasileira a não se sentir encurralada por 25% de eleitores, talvez menos, que ainda apoiam o lunático que chegou ao posto mais alto do país:

"Temos de reagir. Todos. Jornalistas, veículos, anunciantes, entidades da sociedade civil, artistas, trabalhadores, empresários, o porteiro do prédio, você que nos lê agora e até aquela sua tia que votou em Bolsonaro mas está arrependida, porque é uma pessoa de bem e não aprova o banditismo que se apoderou da república. Um banditismo que demonstra sua desumanidade extrema ao desdenhar a pandemia de covid-19, ignorar todas as recomendações sanitárias ditadas pela ciência e lançar a população a um genocídio que vai superar em muito as 23.473 mortes neste momento registradas pelo Ministério da Saúde."

O editorial completo você pode ler aqui.

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Deputado apresenta mandado de segurança contra MP de Bolsonaro que acaba com transparência no governo federal


O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) protocolou no Supremo Tribunal Federal mandado de segurança para suspender a medida provisória 896/19, publicada nesta segunda-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, que suspende a obrigação de publicar atos oficiais de licitações públicas em jornais. “Uma MP se justificaria por necessidade de urgência ou relevância. Não é o caso. O mais pertinente seria discutir esse assunto por meio de um projeto de lei”, afirma Elias Vaz.

A medida provisória em tramitação na Câmara restringe a divulgação sobre licitações públicas ao Diário Oficial e sites mantidos por órgãos da administração federal, estadual e municipal e altera as leis 8.666, de 1993, 10.520, de 2002, 11.079, de 2004 e 12.462, de 2011. O deputado também aponta desvio de finalidade da medida provisória, que seria utilizada, como já afirmado pelo próprio presidente, como retaliação a críticas de alguns veículos ao governo.

Além da questão jurídica, Elias Vaz destaca outro aspecto. “A decisão do governo afeta a questão da transparência. Quanto mais veículos de grande porte divulgam as informações, mais os agentes públicos e os cidadãos têm condições de fiscalizar a aplicação do dinheiro público”.

Já há decisão do STF estabelecendo que, em caso de matéria inconstitucional, cabe ao parlamentar impedir o prosseguimento da matéria por meio de mandado de segurança. “Nessas excepcionais situações, em que o vício de inconstitucionalidade está diretamente relacionado a aspectos formais e procedimentais da atuação legislativa, a impetração de segurança é admissível, segundo a jurisprudência do STF, porque visa a corrigir vício já efetivamente concretizado no próprio curso do processo de formação da norma, antes mesmo e independentemente de sua final aprovação ou não.” (MS 32033, Rel. Min. GILMAR MENDES, Rel. p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, DJe 18-02-2014)

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Elias Vaz vai cobrar antecipação de depoimento de Levy à CPI do BNDES

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) vai requerer em reunião da CPI que investiga indícios de irregularidades no BNDES que seja antecipado o depoimento do ex-presidente da instituição, Joaquim Levy.  A reunião está marcada para esta segunda-feira (17) às 14h30.

Em abril, os membros da Comissão já tinham aprovado a convocação, que foi solicitada por Elias Vaz. “Queremos saber o real motivo que levou ao pedido de demissão de Levy. E precisamos que ele explique exatamente o que contém a caixa preta dos empréstimos internacionais. Grandes grupos econômicos, como a JBS, Odebrecht e a Vale, foram beneficiados pelo BNDES ao longo de anos”, afirma o deputado.

Levy ocupou a pasta da Fazenda no governo Dilma, entre 1º de janeiro e 18 de dezembro de 2015 e, nesse período, formulou e executou políticas econômicas que tinham total correlação com as atividades do BNDES. “Vários investimentos realizados em empresas brasileiras que se internacionalizaram foram feitos sob a gestão do ministro, o que o coloca como testemunha privilegiada das operações. Além disso, segundo o próprio estatuto do BNDES, cabe ao ministro indicar membros nos Conselhos Fiscal e Administrativo da instituição. Isso demonstra mais uma vez a interferência do ministro da Fazenda no BNDES”, ressalta Elias Vaz. Joaquim Levy também foi secretário do Tesouro Nacional no governo Lula entre 2003 e 2006 e um dos diretores do Banco Mundial, em 2016.

(*) Da assessoria

sábado, 15 de junho de 2019

Bíblia entregue por repórter da Globo a Bolsonaro provoca indignação de jornalistas palacianos

Delis Ortiz: bíblia e poder (F: Marcos Corrêa/PR)
Uma bíblia entregue pela veterana repórter global Delis Ortiz a Jair Bolsonaro durante um café da manhã entre o presidente e profissionais de imprensa que cobrem o dia a dia do Palácio do Planalto provocou polêmica entre os colegas de trabalho. Por dois motivos: primeiro, porque Delis, ao pedir a palavra para falar em nome dos colegas ao final do encontro, o fez sem nenhuma combinação, sem autorização para que falasse em nome deles. Segundo, porque não avisou a ninguém que entregaria o mimo a Bolsonaro. Delis é evangélica fervorosa.

O assunto se tornou ainda mais polêmico devido à distorção de um repórter do site Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues, que afirmou que a entrega da bíblia era um ato de todos os jornalistas que cobram a Presidência, à exceção, vejam só, do próprio Poder360. Após reclamações dos colegas, o texto foi alterado, indicando que a iniciativa havia sido exclusiva da repórter da Globo.

Ainda assim, o texto não foi fidedigno. A entrega do artefato evangélico foi feita antes do início do encontro, em uma atitude isolada de Delis. Porém, o texto do Poder360 afirma que a entrega teria sido feita no momento em que Delis agradecia Bolsonaro ao final do café da manhã, como se fosse uma atitude "oficial" da equipe, o que altera toda a simbologia do ato.

Vale lembrar ainda que, apesar de cobrir a Presidência há vários governos, Delis foi afastada pela Globo recentemente, após a nomeação de uma de suas filhas para um cargo de confiança na Secretaria Geral da Presidência. Com a polêmica, a filha foi exonerada e a repórter voltou a cobrir política há poucos dias.

Diante da reação dos profissionais de imprensa, o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, exigiu que Delis Ortiz emitisse uma nota explicando a situação, que deve ser emitida nas próximas horas.

Informação adicionada em 17/06, às 9h30

Ao jornalista Mauricio Stycer, do UOL, a Globo informou, em nota:

"Delis afirma que foi exclusivamente dela a iniciativa de presentear o presidente. A Globo não foi avisada por Delis Ortiz sobre a atitude pessoal que ela decidiu tomar". 

(...) "Diferentemente do que diz a publicação do site Poder 360, a repórter Delis Ortiz afirma que não partiu dela a iniciativa de fazer agradecimentos ao presidente Jair Bolsonaro, durante café da manhã do presidente com jornalistas que cobrem diariamente o Palácio do Planalto, ontem de manhã. A iniciativa foi do porta-voz, Rego Barros, que pediu a ela pra falar em nome dos jornalistas, por ser a mais experiente setorista do comitê de Imprensa do Palácio do Planalto, entre todos os que estavam presentes."

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Para especialistas, manifestações de domingo podem prejudicar ainda mais relação do governo com o Congresso


Mercado financeiro enxerga nova crise após protestos (F: Divulgação)

Ontem, 26, aconteceram diversas manifestações pelo país em prol da presidência e das reformas que estão em processo de aprovação, como a Reforma da Previdência e a Ministerial, que propõe a redução de 29 para 22 ministérios. Essa demonstração de apoio ao Presidente Jair Bolsonaro (PSL) já era esperada desde a última semana. Especialistas do mercado financeiro comentam quais os impactos desse movimento e quais as possíveis reações.

“As manifestações em favor da reforma previdenciária e ao governo reuniram um bom número de pessoas nas ruas, apesar do movimento ter sido bastante calmo com um clima bom, esse tipo de manifestação pode causar reações negativas dentro do Congresso e atrapalhar ainda mais o andamento do processo da Reforma”, comenta a Sócia-Diretora da FB Wealth, Daniela Casabona. 

“Apesar do que muitos cientistas políticos avaliavam, que seria mais um choque entre os poderes, o mercado financeiro não enxergou as manifestações pró-Bolsonaro dessa forma. Para o mercado, isso mostra o apoio da população em relação a reforma e o prestígio de parte considerável da população. Um governo precisa de sustentação política e popular para conseguir implementar o seu plano de governo. Resta saber se conseguirá uma base no Congresso”, diz o Economista-Chefe da PCA Capital, Pedro Coelho Afonso.

“A repercussão das manifestações foi relativamente modesta, na leitura do mercado não traz nenhum benefício em relação aos projetos que o país precisa, pois fortalece apenas o eleitorado do próprio Presidente, mas traz mais uma crise para a relação do Executivo com o Congresso. Hoje temos um dia de pouca liquidez no mercado, visto que tem feriado nos Estados Unidos, como também em Londres, e na semana os destaques vão ser o PIB do Brasil e dos EUA, do primeiro trimestre, ambos vão ser divulgados na próxima quinta-feira. Amanhã tem uma votação importante da Medida Provisória nº870, que trata da medida administrativa do governo, que vai nos dar o tom em relação a força que o Governo está no Congresso”, analisa o Diretor de Câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo.

terça-feira, 21 de maio de 2019

Cai de 39% para 26% número de brasileiros otimistas com futuro da economia

As indefinições quanto às medidas necessárias para recuperação da economia derrubaram a confiança do consumidor no último mês. Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que depois de alcançar a marca dos 49,0 pontos em janeiro e fevereiro, o Indicador de Confiança do Consumidor fechou abril com 46,9 pontos — uma queda de 4,3% na comparação com os dados do início do ano. 

A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos mostram uma percepção mais otimista do consumidor.




Na avaliação do atual cenário econômico, a percepção dos entrevistados continua ruim ou muito ruim: a maioria (61%) enxerga o momento da economia de forma negativa. Apenas 7% acham que a situação é boa ou muito boa — um número baixo, mas que representa uma melhora significativa quanto a abril do ano passado, quando o percentual era de 2%. As principais razões apontadas são desemprego elevado (67%), aumento dos preços (60%), alta na taxa de juros (33%) e menor poder de compra do consumidor (18%).

Com relação à vida financeira, a percepção dos consumidores também é negativa, embora um pouco melhor do que a avaliação da economia. Para 38% dos brasileiros sua situação é considerada ruim e somente 13% disseram ser boa. Para os que têm uma visão pessimista, o motivo mais citado (53%) é o alto custo de vida. O desemprego aparece em segundo lugar (42%), ao passo que 26% culpam a queda da renda familiar.

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, a lenta recuperação da economia segue impactando o bolso do consumidor e acaba refletindo o quadro de menor confiança. “Para que a retomada da confiança se consolide, será preciso que o consumidor sinta alguma melhora no momento atual, com o aumento da oferta de vagas de emprego e o avanço da sua renda”, analisa.


A sondagem procurou saber o que os brasileiros esperam sobre o futuro da economia e de suas finanças. Segundo o levantamento, 26% dos brasileiros estão otimistas com a economia para os próximos meses — percentual que chegou a 39% em fevereiro passado. Já 43% se mantêm neutros, ou seja, não acham que as condições econômicas do país estarão melhores ou piores daqui seis meses. Enquanto 26% disseram estar pessimistas. Os números mostram clara divisão sobre o futuro da economia.

(*) Com informações da Assessoria

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Com Temer e golpistas, investimentos recuam 59,5% em Goiânia e despencam no Centro-Oeste

Levantamento feito pelo anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), revela que os investimentos feitos pelos municípios do Centro-Oeste despencaram em 2017, no comparativo com 2016. Anápolis (GO) e Goiânia (GO) cortaram mais da metade dos gastos, enquanto que apenas Várzea Grande (MT) conseguiu registrar uma tendência de alta.

Vale ressaltar, que à época do golpe contra Dilma Roussef, Michel Temer e partidos aliados na ruptura institucional, como PSDB, Democratas, PTB, PP e PPS, entre outros, a promessa era de retomada dos investimentos. O que se observa hoje é que, além de o discurso dos golpistas não se concretizar, a gestão de Temer e seu grupo foi catastrófica para o país.

Anápolis fez o maior corte: 67,9%, passando seus investimentos de R$ 63,7 milhões, em 2016, para R$ 20,4 milhões, em 2017. A cidade passou do quinto maior gasto para o último na região. Goiânia, com quase 1,5 milhão de habitantes, reduziu em 59,5%, e contabilizou apenas R$ 67,8 milhões no ano passado. Ficou na última colocação em investimento per capita (R$ 46,28).

Quedas acentuadas também aconteceram nas cidades de Aparecida de Goiânia (GO), de 47,6%,Dourados (MS), de 46,7% e Cuiabá (MT), de 32,4%. Campo Grande (MS) e Várzea Grande (MT) foram os dois únicos municípios, entre os selecionados da região pelo anuário Multi Cidades, que apresentaram crescimento no gasto. Os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) médio de 2017.

A capital Campo Grande, com 874,2 mil habitantes, foi a que mais investiu na região: R$ 128,1 milhões em 2017, aumento de 63,8% se comparado com 2016, com R$ 78,2 milhões. A cidade veio de uma brusca queda, se verificado a série histórica: os investimentos realizados em 2014 foram de R$ 364 milhões, seguido em 2015 por R$ 236,6 milhões.

Já Várzea Grande teve alta de 41,5%, pulando de R$ 40,8 milhões para R$ 57,8 milhões, conquistando o maior investimento per capita das cidades selecionadas: R$ 211,04.
Em valores absolutos, depois de Campo Grande, os destaques foram Cuiabá (R$ 112,2 milhões, com recuo de 32,4%), Aparecida de Goiânia (R$ 82,5 milhões, queda de 47,6%) e Goiânia (R$ 67,8 milhões, com menos 59,5%).

Em sua 14ª edição, a publicação utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.

O Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil (Ano 14 - 2019) foi viabilizado com o apoio de Alphaville Urbanismo, APP 99, BRB, Comunitas, Guarupass, Hauwei, MRV, prefeitura de Cariacica/ES, prefeitura de Guarulhos/SP, prefeitura de Ribeirão Preto/SP, prefeitura de São Caetano do Sul/SP, Sabesp, Saesa e Sanasa.

RANKING – OS MAIORES INVESTIMENTOS NA REGIÃO CENTRO-OESTE



Brasil: investimentos retrocedem ao nível de 2005

Análise feita pelo anuário Multi Cidades aponta que os investimentos realizados pelo conjunto dos municípios no país foram os mesmos de 2005. Para se ter uma noção, no período 2010-2014, a média ficou pouco abaixo de R$ 60 bilhões, em valores corrigidos. Em 2015, início da crise econômica, os investimentos recuaram para R$ 50,25 bilhões e, no ano seguinte, para R$ 42,68 bilhões. Em 2017, o montante foi de apenas R$ 27,26 bilhões.



“Vários fatores convergiram para explicar o baixíssimo patamar aplicado em obras e aquisição de equipamentos em 2017. Tradicionalmente, no primeiro ano de mandato, os investimentos tendem a ser menores que nos demais anos de governo. Mas, em 2017, o encolhimento foi muito mais acentuado do que o de praxe – em 2013, por exemplo, o valor foi de R$ 50,1 bilhões, sendo também de mandato –, o que se deve à aguda crise da economia brasileira e sua frágil e incerta recuperação em 2017”, explicou o diretor da Aequus Consultoria, o economista Alberto Borges.

(*) Com informações da assessoria de imprensa

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Portaria autoriza Receita a divulgar lista de sonegadores

A Receita Federal publicou em novembro a portaria nº 1.700/2018 que autoriza a entidade a divulgar informações em seu site, sobre os contribuintes denunciados por meio de representações fiscais enviadas ao Ministério Público. O advogado tributarista João Pedro Porto Pires, do escritório Küster Machado Advogados, explica os impactos dessa decisão.

Segundo ele, as representações fiscais são documentos encaminhados ao MP por suspeitas de crimes cometidos por contribuintes. “A medida foi apelidada, por alguns especialistas, como ‘lista negra’ da Receita Federal do Brasil, por divulgar informações não apuradas pelo Poder Judiciário, podendo ser utilizada como um meio para constranger os contribuintes a recolherem tributos que não concordem com o lançamento”, comenta.

A portaria indica que será enviada representação fiscal quando as autoridades fiscais se depararem com indícios de crimes contra a ordem tributária – como fraudes fiscais ou omissão de informações fiscais -, crimes contra a previdência social – com deixar de repassar retenções previdenciárias recolhidas dos empregados de uma empresa -, além de crimes de contrabando ou descaminho.

“O envio deste documento ao MP é uma obrigação dos auditores ficais para que os promotores possam tomar eventuais medidas penais cabíveis. A principal atualização trazida pela Portaria foi a publicação de informações dos envolvidos como nomes, números de CPF e CNPJ, além de indicar o crime que teria sido cometido”, diz.

Especialistas estão apreensivos sobre a possibilidade desse mecanismo passar a ser utilizado como um meio de forçar o recolhimento de tributos ainda passíveis de serem questionados judicialmente. “A portaria abre espaço para que grandes empresas tenham seus nomes e os nomes de seus administradores listados, publicamente, até que uma decisão judicial determine que o tributo não é devido”, avalia Pires.

Para o advogado tributarista, existe a possibilidade de que esses executivos se sintam coagidos a promover o recolhimento dos referidos tributos, ainda que estejam discutindo-os judicialmente. “Será importante que empresários e advogados mantenham-se vigilantes sobre o uso que será dado a esta nova ferramenta para evitar abusos pelas autoridades fiscais”, conclui.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Após início oficial da campanha, Amoêdo lidera engajamentos no Facebook, à frente de Lula e Bolsonaro, aponta FGV DAPP

Apesar de não figurar entre os principais nomes nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência, o candidato do Partido Novo, João Amoêdo, conquistou, nas últimas semanas, a liderança em outro ranking: o de engajamento no Facebook. Desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto, até a última segunda-feira (27), a página oficial de Amoêdo na rede mobilizou quase 4,9 milhões de curtidas, comentários, reações e compartilhamentos — volume mais de 50% superior ao de Lula, que foi o segundo colocado no período. Os dois e Jair Bolsonaro despontam em relação aos outros candidatos até o momento.


Amoêdo é, até o momento, um dos três candidatos que impulsionaram conteúdos diretamente em suas páginas no Facebook, ao lado de Guilherme Boulos (quarto lugar no total de engajamentos) e Henrique Meirelles (apenas o décimo em engajamento). De acordo com dados disponibilizados pela plataforma, o candidato do Novo impulsionou 18 anúncios até o momento, com investimentos situados em faixa de R$ 1 a R$ 10 mil cada (o Facebook não disponibiliza o valor exato). Meirelles, por sua vez, impulsionou até o momento pelo menos 270 anúncios, com investimentos de R$ 1 a R$ 50 mil, de acordo com dados do Facebook. Boulos, por fim, patrocinou 34 anúncios, com investimentos entre R$ 1 e R$ 5 mil. A coleta da análise foi realizada até as 17h30 desta terça (28).

Contribuíram para o significativo aumento de engajamentos de Amoêdo as publicações sobre a sua ausência em debates, em especial aqueles promovidos por emissoras de TV. Os dois maiores picos do período reafirmam essa tendência, classificando a participação de Amoêdo no programa Canal Livre, da Band, como uma conquista para sua campanha, diante da "dificuldade" de espaços para exposição da candidatura. No primeiro pico, registrado na sexta (24), apenas a publicação de uma foto da gravação da entrevista teve mais de 30 mil compartilhamentos; no segundo, na última segunda (27), o aumento de interações se refere sobretudo à discussão sobre a entrevista e à publicação de trechos da sabatina.



As publicações da página de Amoêdo sobre o resultado da pesquisa da BTG Pactual divulgada na segunda (27) também motivaram bom engajamento, bem como aquelas em que se destaca o próprio crescimento da participação de Amoêdo nas redes.

Ao contrário de Amoêdo, Lula apresenta tendência de queda em engajamentos no Facebook, após um grande pico no dia 15, motivado pela oficialização de sua candidatura junto ao TSE. Após esse momento, em que foram registradas mais 1 milhão de curtidas, comentários, reações e compartilhamentos em sua página oficial, o ápice de engajamento foi verificado no dia 17, devido a posts sobre a recomendação da ONU para que Lula fosse autorizado a concorrer à Presidência e sobre resultados de pesquisas de intenções de voto.

O engajamento verificado em publicações oficiais de Bolsonaro segue relativamente estável ao longo de agosto. Desde o dia 16, o maior volume de interações foi verificado no dia 22, principalmente graças a postagens sobre as agendas do candidato no interior de São Paulo e a falas sobre corrupção e terrorismo.

Menções no Twitter
Apesar de figurar em primeiro lugar entre as páginas de maior engajamento no Facebook, Amoêdo parece não conseguir apresentar o mesmo bom desempenho no Twitter, sendo o sexto candidato em volume de menções na rede.


O candidato do Novo teve um pico de menções no dia 27 de agosto (49.479) – data em que foi divulgada pesquisa encomendada pelo BTG Pactual. Ainda assim, o melhor momento no debate sobre o candidato continua bastante distante até mesmo dos menores volumes de menções de Lula (69.373) e de Bolsonaro (118.566) no mês de agosto. Entretanto, observa-se que há uma tendência de crescimento de Amoêdo no Twitter.


Lula e Bolsonaro continuam figurando como os dois presidenciáveis com mais menções no Twitter. O candidato do PSL possui o maior volume de referências desde o início da campanha (2.965.188) e teve o ápice de engajamento desde então no dia 18 (1.852.366), em razão do debate na RedeTV!. Usuários comentaram, principalmente, seu "confronto" com Marina Silva. A candidata da Rede teve, desde o dia 16, 630.860 menções, com destaque também para o dia 18 por conta da repercussão do debate. Já o candidato do PT teve volume máximo de menções no dia 17 (281.498), devido à recomendação emitida pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU sobre sua candidatura.

(*) Da assessoria da FGV DAPP

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Ministério das Cidades lança versão eletrônica do documento do veículo

Lançado nesta segunda-feira, em Brasília, o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo Digital (CRLV). A versão eletrônica do documento do veículo está disponível juntamente com a CNH Digital na Carteira Digital de Trânsito, aplicativo que reúne os dois documentos de porte obrigatório no trânsito.
O Distrito Federal será o primeiro a garantir essa comodidade aos motoristas a partir desta segunda-feira. Até o dia 31 de dezembro deste ano, a tecnologia deverá ser adotada pelos Detrans de todo o país, conforme determinação da Resolução nº 720/2017 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
É a evolução do aplicativo da CNH Digital que, ao se tornar 'carteira de trânsito', passa a oferecer, além da habilitação do motorista, as versões eletrônicas do CRLV e do seguro obrigatório - DPVAT”, avalia o ministro das Cidades, Alexandre Baldy.
Assim como a CNH Digital, o CRLV traz todas as informações do documento impresso e um QR Code que pode ser lido para verificar se o CRLV é falso em uma abordagem de trânsito por exemplo. Além disso, permite exportação em arquivo pdf, com assinatura digital, para ser utilizado em alguma necessidade que exija um documento autenticado.
O CRLV Digital traz grandes novidades. Permite o cadastramento do veículo no próprio aplicativo e não exige que o proprietário compareça ao Detran. “É mais uma inovação do Serpro, oferecendo garantia e segurança. Traz comodidade e praticidade ao cidadão, já habituado a levar o celular para todos os lugares”, destaca a diretora-presidente do Serpro, Glória Guimarães.
Para ter o CRLV Digital, o proprietário do veículo tem que ter pago o licenciamento do veículo de 2018 e o Detran de registro do automóvel tem que já ter aderido à tecnologia. O acesso ao CRLV Digital é possível adicionando o documento após o download do aplicativo Carteira Digital de Trânsito, disponível na App Store e Google Play.
Quem já possui instalado o aplicativo CNH Digital, não precisa realizar o download da Carteira Digital de Trânsito. O aplicativo será atualizado de forma automática para a CDT, desde que a opção de atualização automática para APPs esteja acionada no dispositivo móvel.
Para saber qual Detran já aderiu ao CRLV Digital, basta consultar emhttps://servicos.serpro.gov.br/carteira-digital. O aplicativo CDT também avisa quando o Detran aderir ao serviço.
(*) Com informações da assessoria de comunicação