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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Jovens poderiam ter mudado rumo da eleição municipal em Goiânia

Participação de eleitores de 17 e 18 anos foi a menor nos últimos 30 anos

O resultado do primeiro turno da disputa entre Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD) poderia ter sido diferente se os jovens de 17 e 18 anos tivessem participado das eleições. Essa constatação é do Doutor em Educação Histórica, professor no Curso Positivo e autor do livro "Guia Prático sobre Democracia para Jovens", Daniel Medeiros, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2020, apenas 5% dos jovens entre 16 e 17 anos fizeram o título de eleitor, o que representa a menor participação dessa faixa etária registrada nos últimos 30 anos. É ponto pacífico entre os especialistas que um grande número de abstenções nas urnas sempre favorece quem tem mais votos. Quem escolhe não votar ou opta por votar branco ou nulo está, no fundo, dando vantagem para o candidato que estiver à frente na corrida eleitoral. Então, explica o professor, uma participação mais significativa dos jovens que ainda não são obrigados a votar “poderia ter, pelo menos, diminuído ou aumentado a diferença entre os candidatos que foram para o segundo turno. O voto dessa faixa etária teria um impacto importante, sem dúvida”.

Medeiros, que atua como professor há 36 anos, afirma que para educar cidadãos interessados no jogo democrático é preciso fazer com que eles entendam desde cedo como esse jogo funciona. “Não foi o jovem que perdeu o interesse na política, mas a política que perdeu o interesse no jovem”, destaca.

Para que os mais novos participem mais da vida política do país é necessário permitir que eles exercitem atividades como a da proposição de ideias, o debate e a construção de consenso para formar maiorias, por exemplo. “A política exige conhecimento e prática e não é, portanto, um processo natural. Eu sempre relaciono isso a assistir ou jogar, por exemplo, o baseball. Imagine assistir a uma partida ou, pior, jogar baseball, sem conhecer as regras do jogo... seria impossível”, compara o especialista. Para ele, a escola precisa dar protagonismo ao jovem como um agente atuante nas decisões tomadas na comunidade escolar.

Medeiros conversa sobre o tema com a professora de História e mestre em Educação Maria Carolina Magalhães Santos no 14º episódio do podcast PodAprender, cujo tema é “Como ensinar democracia dentro e fora da sala de aula”. O programa pode ser ouvido no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil. 

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Eleições: PT e PSOL são partidos favoritos de 39% da geração Z que irá votar

Pesquisa da Yubo mapeou as preferências de jovens no Brasil sobre política e as eleições deste ano

Imagem: freepick
A poucos dias das eleições municipais, as redes sociais estão sendo agitadas por memes, debates acalorados, filtros e transmissões ao vivo. Os jovens da Geração Z, é claro, não poderiam ficar de fora e estão tratando do tema em todas as suas redes, entre elas o Yubo - uma plataforma social focada em fornecer um ambiente online seguro onde os jovens têm a liberdade de socializar com pessoas de sua própria faixa etária. Para mapear as preferências dos usuários brasileiros sobre política, o aplicativo conduziu este mês uma pesquisa com mais de três mil respondentes.

De acordo com os dados da pesquisa, dos jovens ouvidos por Yubo que irão votar neste ano, 39% afirma que pretende votar em candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT) ou do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Por serem nativos digitais, quase 70% dos respondentes afirmou que usa somente as redes sociais para se atualizar sobre o tema. Muitos desses jovens também utilizam as redes para se posicionar sobre política e discutir assuntos relevantes para a escolha de um novo prefeito ou vereador em sua cidade. Entre os usuários do Yubo, 52% se consideram politicamente ativos nas redes sociais e somente 38% preferem evitar estes temas e apenas acompanhar os posts sobre o assunto.

Prioridades na política

Os jovens da Geração Z estão atentos às propostas dos candidatos e têm algumas prioridades na hora de escolher quem levará os seus votos.

Em primeiro lugar, com votos de 70% dos usuários, está a preocupação do político com os cuidados essenciais à população, com a construção e manutenção de escolas, hospitais e auxílios do governo para quem mais precisa

Para 45% dos respondentes, é prioritário que o candidato faça parte ou apoie grupos LGBTQ+, negros ou deficientes.

Em terceiro lugar, 40% dos jovens afirmam que sua prioridade para escolher um candidato é a realização de melhorias em obras de infraestrutura, como saneamento básico, transporte público e trânsito. 

Outro assunto que reflete nas preferências políticas dos jovens é a visão da própria família sobre o assunto. 55% deles disseram que têm, em partes, o mesmo direcionamento e opiniões de seus pais. Por outro lado, 21% têm ideias totalmente diferentes, o que pode significar bastante dor de cabeça ou ainda debates enriquecedores com a própria família.

“Como acontece frequentemente, os jovens veem nas redes sociais uma plataforma para trocar ideias e entender sobre política e isso ressalta a importância de transformar esses ambientes em um espaço seguro. Yubo se posiciona como esse espaço social em que a geração Z consegue conversar sem medo de retaliação ou métricas de engajamento”, diz Sacha Lazimi, cofundador e CEO do Yubo. 

O Yubo possui um modelo que evita a divulgação de notícias falsas, já que o App é focado em conversas em tempo real entre pequenos grupos de pessoas e não promove conteúdo para grandes públicos.