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quarta-feira, 5 de junho de 2024

Ídolo dos bolsnaristas, Luciano Hang, da Havan, grava vídeo defendendo a "taxa das blusinhas"

Hang e o apelo à taxa das blusinhas
O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da Havan, continua sua ofensiva pela tributação das importações até US$ 50, cerca de R$ 260, que hoje são isentas do tributo federal. A volta da tributação das compras online, que ficou conhecida como "taxa das blusinhas", foi incluída pelo deputado federal bolsonarista Átila Lira (PP-PI) a pedido de empresários brasileiros, que se dizem prejudicados pela isenção, em um projeto do governo que trata de outro assunto - os incentivos a veículos sustentáveis -, ou seja, trata-se de um "jabuti". 

O texto está, agora, em discussão no Senado e pode ser votado ainda nesta quarta-feira (5). Para pressionar os senadores a manter a tributação, Hang gravou um vídeo (que você pode assistir abaixo) apelando para a "manutenção dos empregos", como sempre fazem empresários que querem lucrar mais e mais e mais.


segunda-feira, 27 de maio de 2024

Alvo de bolsonaristas, taxação de importados é defendida por Luciano Hang

Pois é, nada como um dia após o outro. Alvo de gritaria bolsonarista nas redes sociais, o fim da isenção de impostos sobre produtos importados de até US$ 50 (cerca de R$ 250) vem sendo defendido com unhas e dentes pelos empresariado alinhado à extrema direita brasileira. Um dos ícones do bolsonarismo, Luciano Hang, dono da Havan, é um deles. 

Sua assessoria divulgou que o parceiro das motociatas do inelegível Bolsonaro (PL) está empenhado em convencer deputados a aprovar o projeto que revoga a isenção. O argumento? O de sempre, quando o empresariado quer defender lucros maiores mas não têm coragem de assumir: a manutenção dos empregos.

“O que os nossos representantes precisam colocar em discussão é a ameaça aos postos de trabalho no Brasil. Nós, empresários, comerciantes e entidades não estamos pedindo um aumento de impostos, mas a igualdade e isonomia de mercado. Ou todos pagam ou ninguém paga. Podemos também vender produtos com 50% de desconto se não pagarmos impostos, assim como fazem os estrangeiros e ainda nos tornarmos mais competitivos”, afirma Hang.

O empresário alerta ainda para o impacto nas pequenas e médias empresas. “Se a preocupação chegou às grandes empresas brasileiras, as menores já foram impactadas há muito tempo. Nossas empresas pagam mais de 90% em impostos, enquanto as asiáticas nada contribuem. Isso não é justo com nosso povo”, reforça o dono da Havan.

O projeto é de autoria do governo, mas a alteração em questão, que acaba com a isenção, é do relator, deputado Átila Lira (PP-PI).

Ou seja, quando se quer garantir vantagens, a pauta ideológica passa longe.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Dono da Havan condenado a 13 anos de prisão


Hang: suspeita de coação de funcionários (Reprodução)
O empresário que protagonizou alguns dos momentos mais grotescos da campanha eleitoral em outubro, Luciano Hang, é, também, um condenado da justiça. Dono da Havan e defensor incansável de Jair Bolsonaro, Hang se notabilizou por, aparentemente, coagir funcionários e pregar o caos caso seu candidato não vencesse.

Dono de um discurso moralista, em defesa da família e tal, como ficou muito comum entre políticos que se aproveitaram da onda conservadora que varreu o país, o empresário, porém, não tem o mesmo comportamento em sua vida profissional. Hang foi condenado, no início do ano, pela Justiça Federal de Santa Catarina, a 13 anos, nove meses e 12 dias de prisão, além de multa de três mil salários mínimos, por crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Hang teria mantido depósitos ilegais no exterior.

Ágil em condenar desafetos, no entanto, a Justiça perdeu os prazos para responder os artifícios da defesa e a pena contra o empresário prescreveu. Os crimes ocorreram entre 1996 e 1998.

Mas não é só isso. Em 1999, informa o jornal El País, “a Procuradoria da República em Blumenau deflagrou uma operação de busca e apreensão na empresa, que resultou na autuação da Havan em 117 milhões de reais pela Receita Federal e 10 milhões pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A autuação foi considerada a maior já realizada pela Receita Federal até então. A empresa recorreu a um financiamento da dívida por meio do REFIS e obteve um prazo, estimado pelo MPF à época, de 115 anos para quitar a multa.”

O jornalista Luis Nassif também lembra que, apesar de ameaçar seus funcionários com fechamento de lojas e demissões em caso de vitória de Fernando Haddad, em setembro, em uma matéria publicada também pelo El País, “o empresário admitiu que tomou empréstimo do BNDES ‘nos anos do PT’, para comprar ‘máquinas e equipamentos financiados pelo Finame [Agência Especial de Financiamento Industrial]. Mas quem se beneficiou, na visão dele, foi ‘a empresa de quem comprou o equipamento, não a minha pessoa’, tentou justificar.”

Enfim, com um currículo desses, não é de se admirar o lado que o “empresário” tenha tomado durante a campanha, não é mesmo?

Leia mais aqui e aqui.