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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Prefeito que ovacionou Bolsonaro fica sem 75% dos médicos da cidade

O prefeito de Ponta Grossa (PR), Marcelo Rangel (PSDB), que comemorou efusivamente a vitória de Jair Bolsonaro à Presidência, agora lamenta a saída dos médicos cubanos de sua cidade. Dos 80 profissionais contratados para atender nas unidades de saúde do município, 60 são cubanos.

Em 31 de outubro, Rangel publicou em sua conta no Twitter a seguinte mensagem:


"Parabéns ao novo presidente do Brasil. Jair Bolsonaro. Um novo país está nascendo. Uma Vitória sem precedentes. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos". 

Outros importantes políticos de Ponta Grossa, conhecida como capital da Reaçolândia (título que rendeu críticas do próprio Rangel), fizeram campanha e comemoraram a vitória de Bolsonaro, entre eles, alguns eleitos para a Assembleia Legislativa e para a Câmara Federal, como o irmão do prefeito, Sandro Alex (PSD-PR), que também fez postagens em seu perfil em relação ao assunto.

Agora, com a decisão de Bolsonaro de expulsar os 8.332 médicos cubanos do país (caso eles não passassem pelo Revalida), Rangel é um muro de lamentações. Já disse que a situação na cidade será problemática. Tem rebatido os que comemoram a decisão de deixar a população mais pobre sem atendimento. Em outra postagem no Twitter, disse que se sente "pequeno" diante da situação:


"Os nossos médicos cubanos amam a nossa cidade de Ponta Grossa. E nós também os amamos. Minha solidariedade a estes profissionais . Minha luta absoluta por vocês. Me sinto pequeno para conseguir algo tão difícil, mas não vou me ausentar desta luta."

Também tem postado reportagens que alertam para a "calamidade" que tomará conta do país.


O prefeito alega estar estudando medidas para amenizar o problema.


Os demais políticos da Reaçolândia permanecem em silêncio ensurdecedor.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Após desinteresse de formados no Brasil, Mais Médicos convoca "estrangeiros"


Confirmando a realidade observada desde o início do Programa Mais Médicos em 2013, o Ministério da Saúde abriu 1.410 vagas para profissionais brasileiros formados em instituições de ensino estrangeiras, como Cuba e Bolívia, países que recebem grande número de estudantes. De acordo com o MS, 1.985 médicos disputam as vagas recusadas por pessoas que estudaram no Brasil.

Os profissionais têm até esta terça-feira (22) para escolher, por meio do site do sistema do Programa, as localidades de preferência entre as vagas disponíveis em 829 municípios e 9 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), informa o Ministério.

As oportunidades foram disponibilizadas pelo Ministério da Saúde após ofertar as vagas em três chamadas aos médicos brasileiros com registro no país, que têm prioridade em todos os editais, e mesmo assim não se interessaram pelo programa.

O resultado com a alocação dos profissionais está previsto para esta sexta-feira (25/08). O MS garante que não há motivos para temer a qualidade da formação desses profissionais. Após a seleção, eles passarão por um módulo de acolhimento, que consiste em um período de três semanas de treinamento e avaliação. O objetivo é assegurar que os profissionais sejam qualificados para atuar no Programa Mais Médicos. O início das atividades desses profissionais está previsto para 9 de outubro.

Confira a lista dos municípios com vagas de reposição

Com informações do MS