A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiu uma nota oficial em que reafirma o apoio ao manifesto em defesa da democracia intitulado "A Praça é dos Três Poderes". Organizado pela Fiesp, o documento provocou chiliques da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, controlados por indicados de Jair Bolsonaro, além do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Diante da reação, o presidente da Fiesp, o político Paulo Skaf, recuou da medida e adiou a divulgação do manifesto. A Febraban, por sua vez, considera que o objetivo do documento foi cumprido, dada sua ampla discussão pela imprensa nos últimos dias. Ou seja, para o sistema financeiro, o recado ao golpista Bolsonaro foi dado: um golpe jamais será tolerado.
Confira a nota:
COMUNICADO PÚBLICO DA FEBRABAN
A
Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) reafirma o apoio emprestado ao
manifesto "A Praça é dos Três Poderes", cuja adesão se deu, desde o
início, dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do
setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente
institucional no país.
A
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) assumiu a coordenação
do processo de coleta de assinaturas e se responsabilizou pela publicação,
conforme e-mail dirigido a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto.
A
FEBRABAN considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança
própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade.
A Federação manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa
Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do
manifesto.
Diante
disso, a FEBRABAN avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com
isso não ficará mais vinculada às decisões da FIESP, que, sem consultar as
demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto.
A
FEBRABAN confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo
conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais
setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos
basilares de uma democracia sólida e vigorosa.
FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos