Confira:
"A campanha Renda Básica Que Queremos - que defende a manutenção da renda emergencial no patamar de R$ 600 até dezembro - repudia esse arranjo mambembe que reduz o valor que os beneficiários do Bolsa Família já recebem e põe em risco o destino das poucas verbas destinadas à educação básica.
Repudiamos que um mecanismo de redução de desigualdades sociais tão importante seja tratado como mero trampolim eleitoral, no qual o nome e o marketing fazem mais diferença do que sua efetividade e sua sustentabilidade no longo prazo.
O Brasil precisa de uma renda básica permanente porque a situação de exceção que o benefício emergencial pretendeu amenizar é a realidade de dezenas de milhões de brasileiros que vivem na pobreza. Nosso país nunca resgatará a dignidade de toda sua população se não encarar com seriedade a urgência de reduzir o hiato entre os mais ricos e os mais pobres, transferindo renda e provendo serviços públicos de qualidade.
O projeto anunciado hoje da Renda Cidadã é um claro exemplo da perversidade do teto de gastos sociais estabelecido pelo governo anterior, que embora não enfrentasse os efeitos deletérios da pandemia, já tinha ciência dos dramáticos índices de desigualdade social do país."