Duramente criticado por comerciantes sediados em algumas das principais avenidas de Goiânia pela decisão de proibir estacionamento de veículos para criar uma terceira faixa de circulação - especialmente destinada ao transporte coletivo -, o prefeito Sandro Mabel (UB) parece ter ganhado tempo e um voto de confiança dos lojistas. Mabel e Caixeta (F: Facieg)
Para o Sindilojas-GO (Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás), que se reuniu com o prefeito nesta terça-feira (11), o prefeito "está consciente das necessidades do comércio de Goiânia e se mostra disposto a dialogar com os lojistas as melhores alternativas para as demandas do setor".
Durante o encontro, o presidente do Sindilojas, Cristiano Caixeta leu para Sandro Mabel uma carta aberta com solicitações de lojistas de grandes polos comerciais de Goiânia, como Avenida Jamel Cecílio, 24 de Outubro, Castelo Branco, Avenida Mangalô, T-63 e Setor Central. No documento foram reivindicados:
- Revitalização do Centro e Setor Campinas (nos arredores da Avenida 24 de Outubro);
- Elaboração de estudo aprofundado sobre os impactos da implantação de corredores de ônibus;
- Reforço na segurança pública, com intensificação das rondas feitas pela Guarda Civil;
- Agilidade na liberação de alvarás e licenças solicitadas pelas empresas.
Sandro Mabel disse que entende as preocupações dos lojistas, sobretudo, com a questão dos estacionamentos. Ele confirmou que as principais avenidas de grande fluxo da cidade terão em breve três faixas de tráfego e pontuou que, para dar fluidez no movimento do comércio, a Prefeitura de Goiânia criará de imediato 6 mil vagas de estacionamento rotativo em vias como a Jamel Cecílio, Avenida 24 de Outubro e Castelo Branco. A gestão das vagas, segundo ele, será feita por aplicativo.
“Eu sou comerciante, eu sei a dor dos comerciantes. Não tem jeito, tudo tem dor, só que depois vai melhorar; nós vamos fazer o comércio circular”, garantiu Mabel. O prefeito argumentou ainda que no urbanismo moderno, as cidades são divididas em núcleos, com o comércio sendo fortalecido em todas as regiões dos municípios. Ele declarou que é essa a realidade de Goiânia.
“O que nós estávamos precisando era isso: um prefeito que entende as preocupações do setor produtivo e dá encaminhamento às solicitações das empresas, principalmente do comércio varejista, que é um dos maiores geradores de emprego da nossa capital”, disse Caixeta. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de janeiro deste ano apontam que o comércio gera 122,6 mil empregos formais em Goiânia, o equivalente a 22% das vagas ocupadas na capital.