Particularmente, desde o primeiro momento ficou claro pra mim - e pra qualquer um que quisesse evitar sensacionalismo e pré-julgamentos - que se tratava de uma medida para humanizar o atendimento. Até porque, a receita também trazia todos os medicamentos indicados para o problema relatado. A própria mãe do garoto, quem primeiro mostrou indignação com a receita, confessa que o médico chegou a perguntar para o menino se ele preferia sorvete de morango ou chocolate, numa clara intenção de se aproximar do paciente.
Mas a imprensa fez tanto escândalo que Marcos Wesley chegou a ser demitido pela prefeitura de Osasco. Demissão, felizmente, revista pelo prefeito Rogério Lins (Podemos).
Desmascarada, agora a imprensa diz que o caso "levantou discussão se o atendimento foi humanizado ou debochado". Mentira. Trataram o caso como deboche o tempo todo no primeiro momento. Agora, colegas jornalistas - que deveriam ter feito isso antes - apressam-se a dizer que instituições de saúde prescrevem alimentos gelados para combater a dor de garganta - uma ideia contrária ao senso comum, mas cientificamente comprovada.
Mais cuidado da próxima vez, colegas. Foi feio.