segunda-feira, 10 de março de 2025

Sindilojas-GO recebe o prefeito Sandro Mabel nesta terça, 11; fim do estacionamento em pauta

(F: Prefeitura de Goiânia)
O Sindilojas-GO (Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás) realiza nesta terça (11), às 8h, na sede da entidade, em Goiânia, um café da manhã institucional com o prefeito Sandro Mabel para discutir o fortalecimento do varejo na capital. Gestão das vagas de estacionamento, revitalização do Centro e de Campinas, melhorias nos corredores de ônibus e tributação das lojas do comércio são alguns dos pontos da pauta.

Além da diretoria do Sindilojas-GO, o encontro terá participação de lojistas de grandes polos comerciais de Goiânia, como Avenida Jamel Cecílio, 24 de Outubro, Castelo Branco, Avenida Mangalô, T-63 e Setor Central. Segundo o presidente do Sindilojas-GO, Cristiano Caixeta, o evento servirá para estabelecer um diálogo com o prefeito, para que Sandro Mabel conheça as demandas do setor pelos relatos dos próprios lojistas.

"A expectativa é de uma reunião bastante eficiente, que permita criar essa conexão com o prefeito Sandro Mabel. Ele, que é empresário, saberá entender as necessidades do comércio da capital, que, por sinal, é um dos mais prósperos do Centro-Oeste", diz Cristiano. Números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de janeiro deste ano apontam que o comércio gera 122,6 mil empregos formais em Goiânia, o equivalente a 22% de todas as vagas ocupadas na capital.

No café da manhã com o prefeito, o Sindilojas-GO fará também o lançamento de um selo especial comemorativo dos 80 anos do sindicato, que serão completados no próximo dia 17 de novembro. O Sindilojas-GO representa atualmente mais de 45 mil empresas nos segmentos de eletroeletrônicos, móveis, calçados, roupas, tecidos, artesanato, brinquedos, entre outros.

SERVIÇO


Sindilojas-GO recebe o prefeito Sandro Mabel

Quando: 11 de março (terça-feira)

Horário: 8h

Local: Sede do Sindilojas-GO (Rua 90, nº 320, Setor Sul, Goiânia)

domingo, 9 de março de 2025

Premiado em Gramado, "Oeste Outra Vez" chega aos cinemas de de Goiás

(F: Divulgação)

O filme goiano Oeste Outra Vez, aclamado por todos os festivais por onde passou e dirigido pelo cineasta goiano Erico Rassi, estreia nas telas dos cinemas de Águas Lindas de Goiás, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Goiânia, Luziânia, Rio Verde e Valparaíso de Goiás,  a partir do dia 6 de março (quinta-feira).

"Assistir ao filme nos primeiros dias de exibição é essencial para fortalecer o cinema nacional, especialmente as produções independentes. A bilheteria inicial influencia diretamente no tempo que um filme permanece em cartaz, além de demonstrar o interesse do público por histórias originais e de alta qualidade", apontam as produtoras do longa,  Lidiana Reis e Cristiane Miotto, da Vietnam Filmes.

A estreia nacional da obra em todo o país será no dia 27 de março.

Cenário Goiano
A Chapada dos Veadeiros, em Goiás, foi a locação escolhida para a gravação das cenas, tendo São João da Aliança como cenário principal.

Para se ter uma ideia da importância do longa para o cinema brasileiro, Oeste Outra Vez venceu a mostra competitiva do 52º Festival Internacional de Cinema de Gramado, um dos mais prestigiados do cinema brasileiro e latino-americano, recebendo três Kikitos: Melhor Longa-Metragem Brasileiro, Melhor Ator Coadjuvante (Rodger Rogério, no papel de Jerominho) e Melhor Fotografia (André Carvalheira).

A história acompanha Totó (Ângelo Antônio) e Durval (Babu Santana), dois homens brutos que, após serem abandonados pela mesma mulher, se voltam violentamente um contra o outro. A narrativa utiliza esses elementos para abordar temas como solidão e a dificuldade de homens em lidar com suas próprias fragilidades. O elenco conta ainda com Daniel Porpino, Adanilo, Antônio Pitanga, Tuanny Araújo e Elzio Vieira. A premiére internacional foi realizada no Cinequest Film Festival, em San Jose, na Califórnia (EUA). Em um processo criativo pessoal, o diretor realizou viagens de imersão e entrevistou personagens da vida real que encontrou pelo caminho. “É motivo de muito orgulho fazer parte dessa história, e também uma responsabilidade. O cinema goiano tem marcado presença em festivais nacionais e internacionais, e desejo que esse processo seja contínuo”, ressalta Érico Rassi.

Bem recebido pela crítica especializada, o filme é considerado um verdadeiro evento cinematográfico, encantando pela conjunção rara de elementos, em um equilíbrio impecável e muito pessoal de tons. “Acho que é um momento especial do cinema brasileiro e fico muito feliz em saber que Oeste Outra Vez vai estrear agora, em um período onde o público não só está voltando às salas, como também abraçando as produções nacionais. O filme tem lotado sessões em todos os festivais por onde passa, talvez pela forma como utiliza a ambientação de um western para abordar a crise da masculinidade de maneira original, melancólica e bem-humorada ao mesmo tempo", explica Érico.

A produtora Cristiane Miotto comenta sobre a importância do cinema brasileiro e a expectativa do público. “Fazer cinema brasileiro independente é um grande desafio, e o processo para realizarmos Oeste Outra Vez foi muito longo. Agora, a expectativa é enorme, porque, por onde passa, o filme tem gerado uma conexão forte com o público. Ele carrega uma potência que ressoa nas pessoas, e estamos ansiosos para vê-lo ganhar as telas de cinema em todo o Brasil, especialmente em Goiás.”

Sobre o filme
Oeste Outra Vez é produzido pelas goianas Cristiane Miotto e Lidiana Reis, por meio das empresas Vietnam, Panaceia e Rio Bravo Filmes, e conta ainda com a importante coprodução do Telecine e Canal Brasil, além da distribuição da O2 Play. O longa-metragem recebeu incentivos do Fundo Setorial do Audiovisual e PROAC/SP, além de apoio da Lei Paulo Gustavo, de Goiás, para sua distribuição.

Serviço:
Premiado em Gramado, "Oeste Outra Vez" chega aos cinemas de de Goiás
Quando: 6 de março (estreia nos cinemas goianos)
27 de março (estreia nacional)
Instagram: @oesteoutravezofilme

sábado, 1 de março de 2025

Goiás registra saldo de 14,1 mil novos empregos formais em janeiro

(Foto: Secom/PR
Goiás registrou, em janeiro, o saldo positivo de 14.195 novas vagas com carteira assinada, resultado de 94,8 mil admissões e 80,6 mil desligamentos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e foram divulgados nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 

No mês de janeiro, o resultado no estado goiano foi positivo em quatro dos cinco grandes grupos de atividades da economia. O principal destaque foi o setor de Serviços, que terminou o mês com um saldo de 6.882 vagas. Na sequência aparecem a Agropecuária (3.113), a Construção (2.570) e a Indústria (1.868). Apenas o setor de Comércio registrou retração, com fechamento de 238 vagas.
 

Para os goianos, o salário médio real de admissões em janeiro teve variação positiva na comparação com o mês passado, passando de R$ 1.917,84 para R$ 2.029,72 (+5,83%). Os novos postos de trabalho foram ocupados, em sua maioria, por pessoas do sexo masculino (9.688). Pessoas com ensino médio completo foram as principais atendidas (10.241) com as vagas em Goiás. Jovens entre 18 e 24 anos também são o grupo com maior saldo de vagas: 5.284.
 

MUNICÍPIOS – A capital Goiânia foi o município com melhor saldo no estado em janeiro, tendo gerado 4.035 novos postos. A cidade tem hoje um estoque de 559 mil empregos formais. Na sequência dos municípios com melhores desempenhos no mês de janeiro no estado aparecem Rio Verde (1.355), Aparecida de Goiânia (1.134), Jataí (1.052) e Anápolis (721).

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

‘É precipitado falar de anistia ao 8 de Janeiro’, diz Maria Elizabeth Rocha, nova presidente do Superior Tribunal Militar

(Foto: CNN Brasil)
Para a primeira presidente mulher do STM (Superior Tribunal Militar), Maria Elizabeth Rocha, é “precipitado falar em anistia pelo 8 de Janeiro”. A declaração foi feita em entrevista aos jornalistas Luísa Martins e Teo Cury, no CNN Entrevistas desta semana, que será veiculado neste sábado (1), às 21h, na CNN Brasil (cnnbrasil.com.br). 

“Acho que algumas penas foram muito elevadas e era importante fazer a distinção das condutas dos agentes. Mas falar em anistia quando nem todos os denunciados ainda foram julgados me parece algo estranho”, afirmou a magistrada, eleita para a presidência do STM em 2024. “E o Congresso pode tudo, o presidente pode inclusive indultar se quiser”.
 

A juíza também disse que as Forças Armadas foram “usadas” por Bolsonaro, que optou por nomes de confiança egressos da caserna por não ter uma base de apoio sólida na classe política ao chegar no cargo, em 2019.

“Para além daquele velho pensamento que permeia nossa historiografia, de que os militares são sempre garantidores, a lógica deveria ser inversa. O poder civil é que deve comandar o militar”, enfatizou. A chefe do Supremo dos militares também avaliou que a credibilidade das Forças acabou “solapada por causa de um chefe de Estado que acabou se perdendo na condução do governo”.
 

Rocha disse desaprovar a atuação de militares da ativa na política, pois, “quando a política entra nos quartéis, a hierarquia e a disciplina saem”.

60% dos posts sobre ditadura no Instagram citam Ainda Estou Aqui

Entre 1º de junho de 2024 e 14 de fevereiro de 2025, 60% de todos os debates no Instagram sobre ditadura militar fizeram alguma referência ao filme Ainda Estou Aqui, finalista em três categorias do prêmio mais importante da indústria cinematográfica. A rede social foi a principal escolha dos usuários na hora de usar o filme em postagens sobre seu pano de fundo político. O levantamento feito pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados coletou informações do Instagram, Facebook, TikTok, X e YouTube.

Depois do Instagram, o TikTok é a rede social que mais faz referência à obra na hora de falar sobre ditadura: 58% das 100 publicações mais curtidas sobre o tema nos últimos seis meses abordaram  Ainda Estou Aqui. Juntas, as postagens somaram mais de 14 milhões de interações entre curtidas, compartilhamentos, comentários e publicações salvas. No Facebook, foram 32% das conversas sobre o regime autoritário brasileiro que fizeram referência ao filme. O percentual cai para 9% no X e 7,3% no YouTube.

“O TikTok e o Instagram, redes sociais muito utilizadas pelo público jovem, são as que mais estão usando o sucesso do filme Ainda Estou Aqui para resgatar a memória do período da ditadura no Brasil. Uma época que muitos deles não viveram, mas viram retratada no filme de Walter Salles”, avalia Marcelo Tokarski, CEO da Nexus

Quando levado em conta os dados agregados das cinco redes sociais analisadas, um quarto (23%) das conversas coletadas sobre a ditadura no país usou o filme de Walter Salles em debates desde junho de 2024.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Biografia do Engenheiros do Hawaii ganha nova reimpressão para celebrar os 40 anos da banda

Para celebrar os 40 anos de banda e a turnê de 20 anos do disco “Acústico MTV Engenheiros do Hawaii”, a editora Belas Letras traz de volta ao mercado nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, a reimpressão da biografia 
Infinita Highway: uma carona com os Engenheiros do Hawaii, escrita pelo jornalista Alexandre Lucchese. Após entrevistar centenas de pessoas ligadas à banda, além da formação clássica composta por Humberto Gessinger, Augusto Licks e Carlos Maltz, o jornalista conta a trajetória de uma das maiores bandas do rock gaúcho e nacional, passando pelos primeiros anos, ainda com Marcelo Pitz na formação, o impacto da entrada de Augusto Licks, o sucesso avassalador que resultou no disco ao vivo Alívio Imediato, a gravação de discos clássicos como A Revolta dos Dândis, troca de farpas com integrantes do Nenhum de Nós e a saída de Augusto Licks e Carlos Maltz.

No livro, Alexandre destaca como Humberto Gessinger sempre foi uma peça chave dentro do Engenheiros do Hawaii, quando ainda em seus primeiros contatos com Carlos Maltz, o músico revelou centenas de suas composições escritas ainda na adolescência, que viriam a se tornar a base de sucessos da banda como Infinita Highway, Fé Nenhuma, Ilusão de Ótica, Nunca se sabe, entre outras. A obra narra como o clima repleto de brincadeiras e sacanagens entre os membros teve impacto na saída de Marcelo Pitz, que foi substituído por Augusto Licks. Lucchese narra o impacto que a entrada de Licks teve na banda, que foi convidado a integrar o Engenheiros do Hawaii por Carlos Maltz após um show da banda Echo and the Bunnymen.

A biografia mostra a ascensão colossal da banda no cenário nacional, quando, em 1989, foram a primeira banda de rock do Sul a lotar sozinha o Gigantinho. Em 1990, fizeram parte de um grande festival pela primeira vez, integrando o line up do Holywood Rock ao lado de nomes como Bob Dylan, Tears For fears, Bon Jovi e Capital Inicial, tocando para mais de 90 mil pessoas em São Paulo e Rio de Janeiro.

O jornalista também aborda as provocações entre Gessinger e Thedy, vocalista do Nenhum de Nós, que, após ter sua banda chamada de “gigolô de rádio” por fazer sucesso com a música Astronauta de Mármore, uma versão da canção Starman, de David Bowie, rebateu comparando os Engenheiros com a boy band New Kids On The Block.

O livro também aborda o desgaste da relação com Augusto Licks, que resultou em um rompimento com consequência desastrosas, que foram resolvidas na justiça. A saída de Carlos Maltz também é abordada na obra, além de suas desavenças com Gessinger, chegando quase a transpor a barreira da agressão física. Uma carona na Infinita Highway que foi a história do Engenheiros do Hawaii no rock nacional.

O livro “Infinita Highway: uma carona com os Engenheiros do Hawaii” está disponível no site da editora e em sites parceiros, como Travessa, Livrarias Curitiba, Martins Fontes, Livraria da Vila, Amazon entre outros. A obra chega às livrarias a partir do dia 10 de março de 2025. 

Mostra o Amor, a Morte e as Paixões transmitirá o Oscar 2025

(Divulgação)
A expectativa é grande para conferir a transmissão do Oscar 2025, no próximo domingo, que tem o longa brasileiro “Ainda estou aqui” concorrendo em três categorias – Melhor Filme, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz (Fernanda Torres). Para quem quiser assistir em clima de festa, será realizada a transmissão do tapete vermelho, a partir das 21h, durante a mostra de cinema O Amor, a Morte e as Paixões, no Cinex, no Centro Cultural Oscar Niemeyer.

A transmissão do Oscar será realizada em um telão no salão do evento. Enquanto as celebridades desfilam pelo tapete vermelho, a banda paulista Beatles 4Ever, uma das melhores covers dos Beatles do Brasil, anima o público com clássicos do quarteto de Liverpool até o início da premiação. No mesmo ambiente, o público poderá desfrutar de bebidas e comidas do Café Cult e da bomboniere do Cinex. A transmissão e o show têm entrada gratuita.

MEC anuncia novo campus do IF Goiano em Porangatu

(Foto: Ângelo Miguel/MEC)
O Ministério da Educação (MEC) assinou o termo de início de execução para a construção do Campus Porangatu, do Instituto Federal Goiano (IF Goiano). Com uma capacidade de atender 1.400 estudantes, a nova unidade receberá um investimento de R$ 25 milhões – sendo R$ 15 milhões para infraestrutura e R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos e mobiliário. A previsão de entrega da unidade, que será o 13º campus do IF Goiano, é para agosto de 2026.

Com base em estudo de viabilidade, arranjos produtivos locais e oportunidades de empregabilidade, o novo Campus Porangatu atuará nos eixos tecnológicos de recursos naturais, produção alimentícia e desenvolvimento educacional e social. O município goiano de Porangatu tem uma população estimada de 45.400 pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Goiás, a expansão dos institutos federais prevê ainda mais dois campi: Quirinópolis e Cavalcante, pertencentes ao Instituto Federal de Goiás (IFG). 

O ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou que o governo federal investe na manutenção de jovens no ambiente escolar, assim como na formação qualificada. Quase 500 mil jovens deixam a escola todos os anos no Brasil e, aproximadamente, 68 milhões de brasileiros não concluíram a educação básica”, contextualizou Santana. “A única maneira de reverter esse cenário é investindo na educação. Portanto, assinamos aqui, hoje, a obra que vai gerar novas oportunidades para 1.400 jovens de Porangatu e dos municípios vizinhos. O novo campus vai oferecer para os adolescentes o que há de melhor para a formação no ensino técnico, focado nas lacunas existentes no mercado da região”, afirmou o ministro da Educação.  

Para o reitor do IF Goiano, Elias de Pádua, a expansão dos institutos federais amplia o acesso à educação e representa um futuro melhor para os jovens. “A alocação de recursos na rede de educação profissional e tecnológica transforma vidas e diminui as desigualdades educacionais no nosso país. Com mais esse campus, o MEC e o IF Goiano reforçam o compromisso com a formação técnica, cientifica e tecnológica de excelência para o estado de Goiás, impulsionando o crescimento local e trazendo inúmeros benefícios para as futuras gerações”, celebrou. 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

O que as empresas têm feito para incentivar o protagonismo paterno

(Foto: Divulgação)
 “- Cadê a mãe dele?”. “Ela mora em outro país”. “Sim, ele mora comigo”. “Não, não sou um coitado”. Essas são algumas das questões com as quais Luis Silva (47) lida frequentemente. Pai de Miguel (8), Luis é divorciado há cinco anos e, nos últimos dois, tomou as rédeas da criação do filho para sua ex-esposa estudar fora do país. A experiência internacional durou um ano e oito meses e, após o retorno dela ao Brasil, os cuidados continuaram com o pai. “Nossa relação é ótima, idem a relação dele com a mãe. Mas, preferimos, por enquanto, seguir nossa rotina”, avalia.

Trabalhando como coordenador de tesouraria de uma multinacional em São Paulo, Luís atua remotamente dividindo seu tempo entre a coordenação da equipe, as demandas da casa e os cuidados com o filho, que incluem levar e buscar na escola e na natação. Perguntado sobre o impacto da paternidade em sua carreira, responde: “já encontrei barreiras para crescer por não conseguir tempo para vender melhor o meu peixe ou flexibilidade para viajar a trabalho. Mas isso também depende muito do líder. Hoje, tenho esse líder. Quando preciso me ausentar, aviso e alinho de me conectar mais tarde para dar continuidade às entregas. A escolha em assumir integralmente meu filho foi consciente e busco estar em ambientes e com pessoas que respeitem a minha dinâmica de vida”, destaca.

 

A masculinidade saudável e o impacto na carreira das mulheres


“Com a sua realidade, o que Luis mostra para o filho? E para os amigos do filho? A resposta é: que uma mãe pode investir em sua carreira e ficar ausente para uma viagem a trabalho, se preciso for. E que um homem pode, sim, cuidar. Homens não devem normalizar comentários que anulem seu papel paterno no cuidado. Devem também questionar mensagens que limitem o cuidado das crianças exclusivamente às mães, como “Cadê a mãe dessa criança”, “Pai faz tudo errado”, “Pai é menos responsável” ou “Vai ficar de babá hoje?”, defende Vinícius Bretz, CEO interino da Filhos no Currículo, consultoria de parentalidade.


Para ele, a paternidade hoje emerge com um vetor transformador: um laboratório para uma masculinidade mais saudável. Um exemplo é a crescente de homens interessados na licença paternidade estendida. Do outro lado, organizações com estratégias para a isonomia nas políticas parentais. “Depois da pandemia, os homens passaram a valorizar mais o tempo com os filhos, dado que muitas rotinas de cuidado antes eram terceirizadas ou assumidas predominantemente por mulheres”, explica.


Pesquisa Radar da Parentalidade 2024*, desenvolvida com colaboradores de organizações (figuras parentais ou a espera de filhos), revela que 82% dos pais desejam uma licença-paternidade estendida: 34% (superior a 21 dias), 26% (superior a 120 dias) e 22% (de 6 a 22 dias). Somente 11% concordam com os 5 dias previstos na Constituição. O estudo retrata ainda que 69% dos entrevistados afirmam ser a licença estendida um fator relevante na hora de avaliar pela permanência ou pela troca de emprego. Para 91%, o benefício estendido os ajuda a assumir um papel mais protagonista na criação dos filhos, além de colaborar para um equilíbrio entre os gêneros para as atividades familiares.


“É notório o avanço na percepção dos colaboradores em relação aos seus direitos, o que é uma provocação construtiva para que as organizações promovam uma paternidade protagonista em suas atitudes e processos, com risco significativo de perder seus talentos homens para organizações mais maduras nessa temática”, completa Bretz.

 

Ações concretas


De acordo com o especialista, empresas que promovem iniciativas de incentivo à paternidade protagonista têm experimentado resultados notáveis. incluindo o aumento da representatividade feminina, especialmente em posições de liderança.

Mas, o que mudou nos últimos anos em termos de trabalho, carreira e políticas parentais para garantir esse protagonismo paterno e o que ainda pode ser feito?

Entre as ações concretas já aplicadas no mercado estão a liberação de horários flexíveis e a opção de trabalho remoto para esses pais; a inclusão de benefícios de apoio, como berçário nas instalações da empresa na qual trabalham, programas de engajamento das lideranças para a desconstrução de estereótipos de gênero. Além disso, programas abrangentes de desenvolvimento de liderança, RH e aliados sobre participação parental ativa e inclusiva para todos os gêneros.


Tais iniciativas são um convite para que esses pais se tornem participantes ativos na vida de seus filhos desde os primeiros momentos”, destaca o especialista da Filhos no Currículo, que vem ajudando organizações a integrar benefícios, processos e políticas e definindo objetivos claros para onde desejam chegar a partir de diferentes estágios de maturidade em relação à parentalidade.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Número de setores industriais confiantes dobra em fevereiro, mostra CNI

(Imagem: Fxquadro/Freepik)
O número de setores industriais otimistas subiu de cinco para dez entre janeiro e fevereiro, mostra o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial, publicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira (24). Ainda assim, 18 setores continuam pessimistas, enquanto um se mostra neutro.

Em fevereiro, informa a CNI, sete setores migraram de um estado de falta de confiança para um estado de confiança: couros e artefatos de couro; calçados e suas partes; impressão e reprodução; biocombustíveis; produtos químicos; veículos automotores; e manutenção e reparação. Um setor fez a transição contrária e um setor passou de neutralidade para falta de confiança.

A especialista em Políticas e Indústria da CNI, Cláudia Perdigão, analisa o resultado do ICEI Setorial. “A pesquisa mostra uma recuperação disseminada da confiança industrial. Contudo, ainda existe, na percepção do empresário, um cenário de dificuldade. A maior parte dos setores continua abaixo da linha dos 50 pontos, sinalizando que há sinais de receio em relação ao ambiente econômico”, avalia.

Grandes indústrias voltam a ficar confiantes

De acordo com a pesquisa, o ICEI se recuperou entre as empresas de todos os portes: subiu 0,7 ponto nas pequenas e 0,5 ponto nas médias e nas grandes. Com a alta, os empresários das grandes empresas passaram de um estado de neutralidade, em janeiro, para um estado de confiança, em fevereiro.

Apesar da melhoria, pequenas e médias empresas continuam abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que significa que ainda estão sem confiança.

“A alta da confiança das grandes empresas pode provocar um efeito positivo no sistema econômico, porque elas têm capacidade de estimular as cadeias produtivas por meio da compra de insumos e na movimentação do investimento, beneficiando as pequenas e médias indústrias”, destaca Cláudia Perdigão.

O ICEI também subiu em todas as regiões do país. A maior recuperação ocorreu entre as indústrias do Norte, onde o índice cresceu 1,5 ponto. Em seguida, vêm as empresas do Centro-Oeste (+ 1,2 ponto) e do Nordeste (+ 0,8 ponto). A confiança também aumentou nas fábricas do Sul e do Sudeste, embora de forma mais moderada: + 0,6 e + 0,2 ponto, respectivamente.

O movimento foi suficiente para que as indústrias do Norte e do Centro-Oeste saíssem de um estado de pessimismo para um estado de neutralidade. As empresas do Nordeste continuam confiantes, enquanto as do Sul e do Sudeste seguem sem confiança.

Amostra

Nesta edição do ICEI Setorial, a CNI consultou 1.735 empresas: 696 de pequeno porte; 640 de médio porte; e 399 de grande porte, entre 3 e 12 de fevereiro de 2025.

Carro usado desvaloriza menos em janeiro em Goiás

Um levantamento da Webmotors, ecossistema automotivo e portal de negócios e soluções para o setor, aponta que o preço médio dos veículos usados anunciados na plataforma em Goiás apresentou desvalorização de 0,26% em janeiro de 2025, após um recuo de 0,39% em dezembro. Essa diferença reflete uma variação positiva de 0,129 de ponto percentual mês a mês, indicando uma desaceleração na desvalorização dos carros no período. O Índice Webmotors, que acompanha as variações percentuais dos valores dos automóveis listados no marketplace, reflete o comportamento do mercado automotivo no estado.

"Os dados mostram que, após uma aceleração na queda registrada em dezembro, o mercado de veículos usados em Goiás reduziu a desvalorização nos preços em janeiro. Esse movimento reflete as dinâmicas regionais de oferta e demanda no estado, que podem variar conforme fatores econômicos locais e mudanças no comportamento dos consumidores”, afirma Mariana Perez, CPO da Webmotors.

O Índice Webmotors é calculado a partir de dados de 2017 com uma metodologia baseada na mediana da diferença de preço entre um mês e o mês anterior, garantindo, assim, uma análise precisa, robusta e confiável.

Consumo de arroz e feijão despencou nas últimas quatro décadas no Brasil

(Foto: Shutterstock)
A alta no preço dos alimentos se intensifica desde 2020, impulsionada pela pandemia, flutuações cambiais, crises climáticas e custos globais elevados. A interrupção das cadeias de suprimentos e eventos extremos, como secas e chuvas intensas, reduziram a oferta, elevando os preços de itens essenciais como o arroz e feijão.

Como reflexo desses fatores, nos últimos cinco anos, os preços da alimentação domiciliar no Brasil aumentaram 55%, superando significativamente a inflação geral de 33% no período, conforme o Índice de Preços dos Alimentos (IPCA).

De acordo com estimativas da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o consumo de arroz e feijão no Brasil apresentou uma queda significativa ao longo das últimas décadas. Em 1985, o consumo per capita de arroz era superior a 40 kg/habitante/ano, enquanto o feijão registrava cerca de 19 kg/habitante/ano. Em 2023, o consumo médio per capita foi de 29,2 kg para o arroz e 12,8 kg para o feijão, reforçando a tendência de queda.

A Real Cestas, empresa que atua há mais de 20 anos no segmento de cestas básicas, avalia que essa queda reflete fatores culturais, como maior consumo de alimentos industrializados, e falta de tempo para preparo de refeições caseiras, porém, dá mais ênfase aos fatores econômicos e a renda da população.

“Com o aumento dos preços do arroz e feijão, muitas famílias diminuíram a quantidade do seu consumo, o que não deveria acontecer, principalmente por serem itens de uma importância nutricional enorme. Esses aumentos impactam diretamente os seus orçamentos, especialmente aqueles de menor renda, que dependem desses alimentos básicos em sua dieta diária”, explica Gustavo Defendi, diretor da empresa, que comercializa mais de 100 mil cestas básicas por mês.

Para enfrentar esses desafios econômicos, uma das medidas da empresa foi aumentar o mix de produtos a disposição de seus clientes, dando mais opções com menor custo.

“Dentro do nosso mix de produtos, temos marcas mais econômicas e embalagens de tamanhos diferenciados, como por exemplo, a substituição da quantidade de arroz em uma cesta, passando de 10kg, para uma combinação de um pacote de 5kg e dois de 1kg”, explica Defendi, destacando que essas alterações são necessárias para equilibrar a oferta dos produtos oferecidos com a realidade econômica atual, garantindo que as cestas básicas permaneçam acessíveis e não percam seu valor nutricional.

O diretor da Real Cestas também destaca que mesmo com a expectativa para 2025 de maior disponibilidade de arroz e feijão no mercado interno, a reforma tributária pode impactar diretamente o preço dos alimentos ao unificar impostos e modificar a carga tributária sobre a produção e comercialização de itens essenciais.

“A reforma tributária pode resultar em aumento dos custos para produtores e distribuidores, especialmente se houver a inclusão de tributos sobre insumos agrícolas, transporte e processamento. Esse acréscimo tende a ser repassado ao consumidor final, elevando os preços de produtos básicos como o arroz e o feijão. Além disso, a possível extinção de benefícios fiscais específicos para o setor pode agravar ainda mais esse cenário, reduzindo a competitividade dos alimentos no mercado interno”, pontua Gustavo, frisando que a implementação de políticas públicas eficazes e o incentivo aos produtores e práticas agrícolas sustentáveis é essencial para a segurança alimentar do país.

“Precisamos garantir que as próximas gerações tenham acesso aos mesmos recursos que temos hoje, porque sem medidas concretas do governo, a produção agrícola e a alimentação de milhões de brasileiros estarão cada vez mais reduzidas”, finaliza Defendi.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

88% dos goianos inadimplentes foram negativados mais de uma vez em 2024

(F: Joédson Alves/Agência Brasil)
Os consumidores goianos enfrentam dificuldades para pagar as contas em dia e 88% dos inadimplentes tiveram o nome negativado mais de uma vez em 2024. É o que informa a FCDL-GO (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás) com dados do SPC Brasil, o Serviço de Proteção ao Crédito. 


Entenda:

  • 8 em cada 10 consumidores goianos que tiveram o nome negativado em janeiro de 2025 já tinham enfrentado a mesma situação nos últimos 12 meses;
  • 68,6% dos negativados em janeiro já tinham dívidas antigas que ainda não haviam sido pagas;
  • E 19,3% deles até conseguiram pagar dívidas antigas e sair da inadimplência nos últimos 12 meses, mas voltaram a atrasar os pagamentos e foram negativados de novo em janeiro.

No quadro geral, o número de inadimplentes de Goiás cresceu 4,78% em janeiro de 2025, em relação a janeiro de 2024. A inadimplência, por sinal, cresce há 7 meses sem parar: dezembro (1,81%), novembro (4,68%), outubro (3,51%), setembro (2,47%), agosto (1,32%) e julho (2,23%).


Cada goiano negativado deve, em média, R$ 4,7 mil (somando todas as dívidas). Os bancos são os maiores credores (61,4%), seguidos pelas lojas do comércio (12,8%), outros segmentos (10,5%), concessionárias de água e luz (8,3%) e fornecedoras de serviços de comunicação, como telefonia e internet (6,8%). Nesse cenário, a FCDL-GO acredita que:


  • Com a inflação, principalmente, dos alimentos, os consumidores estão comprometendo uma proporção maior de sua renda nas compras usuais de supermercado;
  • A taxa Selic no patamar de 13,25% tem encarecido o crédito e dificultado ainda mais a vida dos consumidores. Os que têm dívidas, sobretudo com cartão de crédito, são os mais afetados.

"É um cenário difícil não só para o consumidor, mas para as empresas. O governo precisa agir mais duramente para controlar a inflação e evitar a queda no consumo, que pode desestabilizar toda a economia", comenta o presidente da FCDL-GO, Valdir Ribeiro.